Já apresentando clara tendência de queda nos últimos anos no Brasil, a base de celulares pré-pagos também deverá cair na América Latina, segundo indica estudo da GlobalData. A previsão é de que o recuo chegue a 62% de participação até 2023 na região, o que significa uma redução de 10 pontos percentuais em relação ao patamar atual.

Apesar disso, o percentual ainda é superior à proporção do pré-pago no mercado brasileiro, que em junho contava com 60,36% dos contratos, ou 141,890 milhões de acessos (a uma ritmo de queda de 11% ao ano). Contudo, vale ressaltar que, ao menos na metodologia da Anatel no Brasil, os acessos de contas do tipo controle também são considerados pós-pagos.

A empresa de pesquisas destaca que a Vivo obteve mais acessos pós-pagos do que pré-pagos no Brasil em junho, com ajuda da base de máquina-a-máquina (M2M). A operadora encerrou o semestre com 38,453 milhões de acessos pós-pagos, representando 51,1% da base total. Ainda assim, afirma que é a tele brasileira uma exceção no mercado latino-americano, atualmente com 72% de share no pré-pago. A título de comparação, a Ásia tem 13% de penetração, enquanto a América do Norte tem 20%, a Europa Ocidental tem 34%, a Europa Oriental e Central tem 70%, o Oriente Médio e Norte da África têm 76% e a África Subsaariana tem 95%.

Em comunicado, o pesquisador da GlobalData, Marcelo Kawanami, destacou que operadoras na América Latina estão procurando incentivar a migração para planos pós-pagos, uma vez que estes trazem maiores receitas médias por usuário (ARPU) e ganhos de receita em geral. “Para promover a base de clientes pós-pagos, operadoras na América Latina alavancaram pacotes de dados, planos zero-rating e descontos agressivos em smartphones com planos pós-pagos”, declara.

 

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