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Após um ano de operação no Brasil, a Rappi (Android, iOS) apresentou os seus primeiros números. De acordo com Ricardo Bechara, diretor de operações da companhia no País, o marketplace de entregas já percorreu mais de 2 milhões de quilômetros em 12 meses, distância suficiente para fazer 555 viagens de ida e volta entre Brasília e Bogotá, sede da empresa.

Agora, a startup colombiana busca expandir seus negócios. Bechara explicou que a Rappi pretende atuar em 15 cidades brasileiras até o final do ano. Atualmente, o app funciona em dez municípios brasileiros – São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília.

Questionado sobre para quais cidades pretende expandir, Bruno Nardoni Felici, presidente da Rappi no Brasil, preferiu não revelá-las. No entanto, lembrou que o projeto de expansão da Rappi foca em “cidades densas e verticais”, ou seja, regiões com grandes populações e prédios.

Vale lembrar, a Rappi atua como marketplace de delivery e oferece entregas e serviços de restaurantes, supermercados, bebidas, farmácias, serviços de animais e “qualquer coisa”. Esta última é uma categoria que permite ao consumidor comprar qualquer produto e recebê-lo em sua casa. Este serviço é prestado por um “shopper”, profissional que, ao contrário do entregador que é MEI, é contratado diretamente pela Rappi e é responsável por adquirir as mercadorias para o usuário em mercados e farmácias.

O2O2O

Questionado sobre qual é o papel da plataforma, Felici, explicou que o objetivo é ser “o mais online-to-offline e offline-to-online” entre os marketplaces do mercado: “A Rappi é a ferramenta mais O2O do mercado. Você consegue comprar qualquer produto na cidade. A Rappi é uma extensão da nossa cidade, em especial com a solução Qualquer Coisa – vertical que inclui a compra de qualquer produto. Basta dizer o que é: os assistentes (shoppers) compram e levam até o consumidor”.

Modelo de negócios

Seu modelo de negócios se baseia na comissão de 14% para o “Qualquer Coisa” e 9% para os outros serviços da plataforma. Os 6% do entregador são enviados integralmente a esses profissionais.

Investimentos

Durante coletiva com jornalistas especializados nesta terça-feira, 4, os executivos da Rappi também foram questionados sobre se a operação brasileira se beneficiará do recente aporte de US$ 200 milhões que a startup recebeu da DST Global com participação da Andreessen Horowitz e Sequoia, um investimento que fez a startup passar a ter valor de mercado de US$ 1 bilhão. Bechara ressaltou que essa decisão está mais alinhada aos líderes da empresa na Colômbia – os sócios Simón Borrero, Sebastian Mejia e Felipe Villamarin –, e, por enquanto, o foco está na sua expansão e melhoria.

Consolidação e competição

Mais adiante, quando perguntado sobre competição e uma possível consolidação de mercado na América Latina, uma vez que Rappi disputa espaço com outras companhias como Uber (UberEats) e Movile (iFood e Rappido), Felici acredita que haverá consolidação, mas será em longo prazo. E, pela carência do consumidor latino-americano em soluções O2O, ainda há muito espaço para essas empresas crescerem.

 

 

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