A Qualcomm lançou nesta segunda-feira, 10, uma nova plataforma para relógios inteligentes, o Snapdragon Wear 3100. A principal característica do novo chip é a adição de um processador secundário de baixo consumo de energia, que deve manipular a maior parte do trabalho quando um smartwatch não está em uso. Esse coprocessador alimentará os sensores do relógio e a tela, ao mesmo tempo em que consumirá até 20 vezes menos energia do que o processador principal, de acordo com a empresa. Entre os primeiros clientes a utilizar a plataforma estão o Fossil Group, a Louis Vuitton e a Montblanc.

Além de prolongar a vida útil da bateria, a solução pretende também melhorar monitores sempre ativos e oferecer mais versatilidade quando se trata de dispositivos esportivos e sensores de condicionamento físico.

O Wear 3100 é baseado em uma nova arquitetura de sistema hierárquico de baixíssimo consumo de energia, com processadores quadcore A7, microprocessador especializado em processamento digital de sinal (DSP) integrado e um novo coprocessador de energia ultrabaixo.

Bateria

A Qualcomm estima que a bateria deva durar mais de um dia no caso de um smartwatch Wear OS típico, ou em torno de um aumento de cinco horas em relação aos modelos atuais. Haverá, também, a opção para as empresas adotarem uma bateria menor e, assim, reduzir o relógio.

O novo chip é projetado para fazer um trabalho melhor com o GPS, ajudando-o a rodar sem interrupções com cerca de 15 horas de uso – embora a Qualcomm esteja assumindo que esses relógios terão baterias maiores, o que significa dispositivos mais grossos.

Caso a bateria descarregue, as principais funções do smartwatch podem ser desativadas, permitindo que a bateria dure dias potencialmente mais longos enquanto aciona um mostrador de relógio simples. A Qualcomm diz que com 20% de bateria seria possível usá-lo por uma semana a mais nesse modo. A desvantagem, no entanto, é que o Wear OS é desativado, por isso não é possível receber recursos como notificações.

Qualidade na tela

O coprocessador também deve permitir uma exibição de ambiente mais rica. A Qualcomm diz que um relógio, agora, pode mostrar um ponteiro de segundos mais suave, assim como melhorar a eficácia de atualizações ao vivo, como um contador de passos, e fazer tudo isso em até 16 cores. Não se trata de incrementos revolucionários, mas mostrar o relógio em todos os momentos é um ponto a favor do Wear OS Watch sobre o Apple Watch.

Algoritmos livres

Outro ponto interessante do Snapdragon 3100 Wear é que as empresas de hardware poderão escrever seu próprio código, não precisando mais confiar nos algoritmos criados pela Qualcomm.

A plataforma chega dois anos e meio depois do lançamento do Wear 2100 (que foi incrementado por meio de atualizações de software). E com o 3100 será a mesma filosofia, ou seja, será aprimorado com o tempo e novos recursos são apresentados. Porém, chega dias antes do anúncio da nova versão do Apple Watch, que tem chances de avançar ainda mais o mercado dos relógios inteligentes.

 

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