A indústria móvel está entrando em uma nova era marcada pelo que o diretor geral da GSMA, Mats Granryd, chama de “conectividade inteligente”, que consiste na combinação do 5G com big data e inteligência artificial.
“O 5G vai trazer uma nova forma de se comunicar e de consumir conteúdo, com velocidades 100 vezes maiores que o 4G e baixíssima latência. Será quase como ter sua fibra óptica própria onde você estiver”, comparou Granryd, em encontro com a imprensa latino-americana durante o Mobile World Congress Americas, realizado em Los Angeles, EUA, nesta quinta-feira, 13. “A combinação do 5G com big data e inteligência artificial é a chave para o futuro. Será uma maneira completamente nova de fazer negócios”, completou.
Mats Granryd, diretor geral da GSMA
Nesta nova era de conectividade inteligente, as operadoras vão prover a conectividade com o 5G, mas quem vai trazer a inteligência? As próprias teles ou empresas over the top? “Veremos um interesse crescente das operadoras em analisarem dados e criarem serviços com inteligência artificial. É uma das nossas ambições. Mas não será fácil”, respondeu o executivo.
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Outro desafio da indústria móvel é que cerca de metade da população mundial ainda não acessa a internet pelo celular. Embora a falta de cobertura de rede 3G ou 4G seja uma das razões, sua importância é relativamente pequena, pois apenas 10% da população vive em áreas sem cobertura. O preço dos aparelhos e dos planos de dados é outra razão, assim como a dificuldade no manuseio da tecnologia. Mas o principal motivo, afirma Granryd, é a falta de conteúdo e de serviços relevantes. De acordo com executivo, há uma parcela significativa do público que tem dinheiro e conhecimento para usar um smartphone, vive em uma área com cobertura de rede móvel, mas não acessa a Internet pelo celular porque não vê necessidade. “Falta conteúdo local relevante”, explica.