A Qualcomm defendeu nesta terça-feira, 16, a liberação no Brasil da faixa de espectro de 28 GHz para a quinta geração de telefonia móvel, o 5G. Na visão de Francisco Soares, diretor de assuntos governamentais da Qualcomm, o Brasil deve seguir o modelo que os Estados Unidos usarão a partir de 2019, com as ondas milimétricas de 28 GHz, uma frequência que Japão e Coreia de Sul também se comprometeram.
A ideia de Soares se contrapõe à concepção da Anatel, que planeja limpar e destinar a faixa de 26 GHz para o 5G. Também pesa contra a faixa de 28 GHz – atualmente usada por operadoras de satélite – não estar na pauta da Conferência Mundial de Radiofrequência (WRC-19), que acontece no final de 2019.
Ainda assim, Soares pede os 28 GHz, como também uma “banda de guarda” entre 800 MHz e 1 GHz: “Você vai precisar de todas elas. 3,5 GHz (que deve ser licitada pela Anatel em breve), e 1 GHz de banda de guarda para cada operadora para garantir um bom uso da solução”.
Embora defenda os 28 GHz, Soares ressalta que os chips com modem 5G terão capacidade para funcionar em 26 GHz e 28 GHz nos smartphones (quando lançados). Mas o fato de ter componentes que precisam estar adaptados às duas frequências pode aumentar o preço dos handsets.