Hoje, há milhões de máquinas de POS espalhadas pelo Brasil conectadas à rede de segunda geração (2G) das operadoras móveis. Elas já vêm com um chip embarcado e consomem poucos dados. No futuro, a tendência é de que esses dispositivos troquem para o padrão NB-IoT, que as teles brasileiras começam a adotar agora para aplicações de Internet das Coisas. A migração acontecerá naturalmente, acompanhando o ciclo de troca das máquinas de POS, que é de aproximadamente três anos, explica Eduardo Polidoro, diretor de IoT da Claro Brasil, empresa que abrange Claro, NET e Embratel.

São várias as vantagens que devem estimular as redes de adquirência e os estabelecimentos comerciais a trocarem as máquinas por versões com NB-IoT. A cobertura dessa rede usando a frequência de 700 MHz será maior, assim como a penetração em ambientes fechados. “A rede é mais estável e o índice de disponibilidade é maior”, acrescenta Polidoro.

Além das máquinas de POS, haverá diversas outras aplicações para NB-IoT. Uma delas é para medidores de luz inteligentes.

Em comparação com outras tecnologias de comunicação para Internet das Coisas, Polidoro destaca como vantagens da NB-IoT o fato de ser um padrão aprovado pelo 3GPP, o que lhe garante uma escala global e, consequentemente, dispositivos mais baratos. Além disso, conta com a segurança contra clonagem dos SIMcards para celulares.

A Claro já tem boa parte da sua rede pronta para NB-IoT. O lançamento comercial está previsto para acontecer até o final deste ano.

Hoje, os dispositivos de comunicação entre máquinas são os maiores usuários das redes 2G brasileiras. Quando a maioria tiver migrado para outras tecnologias, as operadoras poderão finalmente desligar o 2G e aproveitar o seu espectro para outros padrões de telefonia móvel, como o 4G, iniciativa conhecida como “refarming”.

 

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