Na semana passada, o presidente da Nextel, Roberto Rittes, ressaltou que a companhia ainda não decidiu pela migração da outorga (de SME para SMP) na frequência de 800 MHz, que custará R$ 99 milhões. Nesta terça, 14, o diretor de assuntos regulatórios da operadora, Luciano Stutz, reiterou que a companhia não pretende abrir mão da faixa. “Não há discussão concreta sobre desinvestir ou investir”, disse, em conversa com jornalistas após participação no Seminário TelComp em São Paulo.

A atual ociosidade do ativo com o fim do serviço em iDEN e a escassez de smartphones LTE compatíveis não quer dizer que a empresa não possa colher frutos no futuro. “Se olhar para trás, muitas faixas que hoje estão no mercado e que são comuns não eram destinadas originalmente para a tecnologia. Então não, a gente não acha que essa banda nunca será utilizada, achamos que um dia pode ter seu uso potencializado.”

Prioridade em leilão

Para Stutz, antes de resolver seguir com um leilão para 5G, a Anatel deveria olhar para questões mais urgentes. O diretor da Nextel afirma que as sobras da faixa de 700 MHz deveriam ser prioridade em vez das frequências de 2,3 GHz e 3,5 GHz. Isso poderia significar um leilão apenas para esse espectro, ao contrário do que sugeria ao longo deste ano o então conselheiro da Anatel, Leonardo Euler de Morais, agora presidente da agência. “Salvo engano, essa ideia [de licitação das três faixas juntas] eu acho que mudou um pouco nas últimas semanas”, declara.

 

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