ClickBus

Redução de tempo das páginas tradicionais da ClickBus para as páginas com AMP, queda de 5 para 0,3 segundos

Uma das principais apostas no mobile do Google, a solução de Accelerated Mobile Pages (AMP) começa a ter seus primeiros resultados comerciais no Brasil. Usada para reduzir o tempo de carregamento das páginas móveis para até 0,3 segundo, o AMP completa três anos de atuação no Brasil no próximo mês.

“No mundo, a adoção de AMP tem mais de 2 bilhões de páginas e 900 mil domínios. São criadas 58 páginas a cada segundo. É uma linguagem que se difundiu muito, principalmente em países como o nosso”, diz Rodrigo Baroni, especialista de produto do Google. “Ela pode coexistir com o site mobile. Ele é composto por três partes: HTML, script (como se fosse Javascript – usa framework de mercado) e o cache que entrega as páginas distribuídas. Consegue velocidades em torno de 1 segundo”.

O primeiro caso de sucesso comercial da linguagem de programação simples da web é com a ClickBus, uma plataforma de compra de passagens de ônibus. Com o uso do AMP, o site móvel do marketplace rodoviário reduziu o tempo de carregamento de 5 para 0,3 segundo, uma vez que os tamanhos das páginas foram reduzidos em 80%, durante uma hackathon da empresa.

Segundo Diego Roiuk, diretor de produtos da ClickBus, o AMP colaborou para melhorar a experiência dos usuários. Como resultado, as vendas de passagens via dispositivos móveis subiram 15%. As páginas com AMP representam 22% dos acessos ao site móvel da ClickBus e 25% da receita gerada. Dos usuários que vieram através das buscas do Google, a taxa de conversão chegou a 11% e a taxa rejeição do site caiu para 58%.

Baroni conta que a solução chegou primeiro para portais de notícias (Terra, Uol e Globo no Brasil), mas agora começa a marcar presença em outros segmentos. Além da ClickBus, Magalu e Petlove são outras companhias que utilizam o AMP. E, embora tenha sido criada pelo Google, a biblioteca do AMP hoje é um código aberto gerido por um comitê de contribuintes não só do Google, mas também do Twitter, Pinterest, Yahoo! e eBay.

Quando questionado se o AMP é uma alternativa ao PWA, outra tecnologia que acelera e melhora a experiência do usuário no mobile, o especialista do Google explica que é possível combinar as duas soluções. Ele exemplifica que o AMP pode ser usado para acelerar as páginas móveis, enquanto o PWA serviria para determinadas funcionalidades, como pagamento de um clique.

Baroni também foi questionado sobre o que precisa para que o AMP ser mais explorado no Brasil. Para ele falta um pensamento “mobile-first” aos executivos no País, e é importante melhorar a velocidade de carregamento. Também lembra que é necessário difundir a linguagem, que pode ser encontrada em sites como: AMP Project, AMP Start, AMP By Example e o site de desenvolvedores web do Google.

 

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