Com 11,49 milhões de aparelhos vendidos (sendo 10,8 milhões de smartphones e 617 mil feature phones), o mercado brasileiro de celulares teve o pior resultado trimestral de 2018 durante os meses de julho e setembro. Frente o terceiro trimestre de 2017, a queda no volume de vendas foi de 7%. A receita total no período somou R$ 14,67 bilhões, sendo R$ 14,58 bilhões oriundos dos smartphones e R$ 89,2 milhões, de feature phones. As informações são do IDC Brazil Mobile Phone Tracker Q3, realizado pela IDC Brasil. Fatores como a instabilidade do dólar, a proximidade das eleições e incertezas políticas influenciaram as vendas no período.

Por outro lado, o tíquete médio cresceu 19,9% em um ano, no caso dos smartphones, atingindo R$ 1.340. “O consumidor está investindo em aparelhos de tela com borda infinita, mais memória e câmera mais potente, modelos que também têm sido impulsionados pela indústria, com vários lançamentos”, argumenta em comunicado o analista de mercado da consultoria Renato Murari de Meireles. Destaque para os smartphones intermediários premium (que custam entre R$ 1.100 e R$ 1.999): a categoria cresceu 56% no terceiro trimestre de 2018.

No caso dos feature phones, o tíquete médio aumentou 29,5%, para R$ 145. “As fabricantes, principalmente as brasileiras, continuam lançando celulares básicos e ganhando o mercado”, diz o analista da IDC.

Quedas

No primeiro trimestre de 2018 foram vendidos 12,07 milhões de aparelhos e, no segundo trimestre, 12,05 milhões – ou quedas respectivas de 1,8% e 5,5% em relação aos mesmos períodos de 2017. Para o quarto e último trimestre de 2018, a IDC Brasil prevê baixa de 10,5% nas vendas de smartphones, com 11,26 milhões de aparelhos, e 6,9% a menos nas vendas de feature phones, com 731,7 mil unidades. “Apesar da queda na comparação com o mesmo período de 2017, esperamos crescimento em relação ao terceiro trimestre de 2018, com alta de 3,6% para smartphones e 18,6% para feature phones, como consequência da Black Friday e do Natal”, finaliza Meireles.

 

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