A Here divulgou nesta terça-feira, 15, um índice que compara os dados de mobilidade urbana em 38 metrópoles do mundo, sendo que duas cidades brasileiras foram estudas pela Here: São Paulo e Rio de Janeiro. Usando como base dados próprios de suas plataformas de navegação, a companhia analisou como está a conectividade, a sustentabilidade, os custos e a inovação relacionada aos transportes nessas cidades. Neste caso, separamos o estudo entre as duas cidades:
São Paulo
O cidadão paulistano é quem mais gasta em percentual do seu salário com despesas de transporte público, ou 13,77%, algo próximo a 65,4 euros de uma renda per capita de 476 euros. Em relação, ao gasto com combustível, o morador de São Paulo aparece como segundo principal gastador, atrás apenas do Rio de Janeiro.
A Here também analisou a eficiência do transporte público nessas cidades. São Paulo aparece com uma cobertura de 68% no transporte e ficou na 26ª posição. Já sobre a densidade, a capital paulista ficou no 22º lugar do ranking, com 1,05 parada por 1 mil residentes. Em frequência, a cidade ficou em 13º com 254 paradas por dia. Em velocidade de carros versus transporte público ficou em 22º. A pesquisa comprara o tempo de viagem de carros e dos transportes públicos, de forma randômica, entre 6h e 20h.
Sobre o trânsito, uma das principais reclamações do paulistano, São Paulo fica em 36º no tempo de atraso no trânsito, com 59 minutos de atraso por 100 km. Outro quesito ligado ao trânsito, a cidade ficou com nota 7,28 sobre 10 no índice de congestionamento, ficando na posição 35. Em percentual de ruas congestionadas, São Paulo tem 11,03% no estudo e ficou na 27ª posição no ranking.
Em sustentabilidade, São Paulo aparece em antepenúltimo no índice de áreas verdes, com apenas 6% da cidade. Por outro lado, a cidade aparece na 10ª posição em áreas de baixo consumo de emissão de carbono, com 10% da cidade – devido ao rodízio municipal de carros.
Já no quesito de inovação, a capital se destaca por ser a quinta cidade do estudo com mais automação na malha metroviária, 19%. O município ainda aparece como a 28ª cidade que mais fornece estações de bicicleta, uma média de 0,21 por 1 mil habitantes. Contudo, a cidade ainda peca em postos de recarga de carros elétricos, zero para 1 milhão de pessoas, e ficou em último no índice.
Rio de Janeiro
O carioca é aquele que mais gasta seu salário com combustível entre as 38 cidades do estudo: 11,65% do soldo mensal, ou 50,4 euros de uma renda mensal média de 433 euros.
Sobre a eficiência no transporte público, o Rio aparece em décimo, com 264 paradas por dia. Já em outros três quesitos, o município aparece na posição 34 do ranking: velocidade do transporte público versus os carros, cobertura do transporte público (48% da cidade), parada por 1 mil pessoas (0,64 por mil).
Em relação ao trânsito, a capital fluminense tem 10,22% das ruas congestionadas, ficando em 24º lugar neste quesito no ranking. O tempo médio dos cariocas no trânsito é de 47 minutos por 100 km, posição 31 das 38 cidades. Com isso, a sua nota geral de congestionamento foi 6,46 sobre 10, o 28º do estudo.
Sobre o desenvolvimento da sustentabilidade, o Rio de Janeiro aparece com 27% de áreas verdes na cidade (8º no ranking) e 1% da cidade com zona de baixo consumo de CO² (14º no estudo). Em inovação, a cidade tem: 0,41 bicicletas por 1 mil habitantes (25º); 2 estações de carga de carro elétrico por 1 milhão de habitantes (36º); e 0% de automação no seu metrô.