Em 2024, uma em cada quatro pessoas no mundo, ou seja 25% da população do planeta, não terá acesso a banda larga móvel (3G, 4G ou 5G), prevê a Ericsson, em relatório produzido para o Fórum Econômico Mundial, que acontece nesta semana em Davos, na Suíça.
Ao todo, serão 1,9 bilhão de pessoas sem conectividade móvel de alta velocidade. Desse total, 230 milhões estarão em áreas sem qualquer cobertura de telefonia móvel e 420 milhões, em lugares limitados à cobertura de segunda geração (2G). A grande maioria, ou 1,25 bilhão, estará coberta por redes de banda larga móvel mas não serão usuárias do serviço por razões diversas, como preço, analfabetismo, idade (crianças), ou, simplesmente, por desinteresse.
Embora o número seja alto, a tendência é de queda na proporção de desconectados da rede móvel. Atualmente, por exemplo, 40% da população, ou quatro em cada dez habitantes do planeta, não utilizam serviços em 3G, 4G ou 5G. De 2014 até 2024, a base mundial de usuários de banda larga móvel crescerá a uma média de 25 milhões de novos assinantes por mês, puxada pelo avanço dos smartphones e das redes das operadoras.
Economia
Há estudos que mostram que o aumento do acesso à Internet móvel ajuda no crescimento do PIB de um país. Estima-se que a cada 10 pontos percentuais na penetração de banda larga móvel há um ganho de 0,8 ponto percentual no PIB. É entendido também que quanto mais conectada estiver a população, maior a chance de serem atingidas várias das metas de desenvolvimento estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A Ericsson recomenda que a cobertura de banda larga móvel utilize a princípio a rede 2G já existente no interior, pois o custo de atualização dos equipamentos para 4G e 5G é muito mais barato que a construção de novas torres. Em áreas sem nenhuma rede móvel, a recomendação é instalar uma antena 4G como um hotspot para acesso de banda larga fixa sem fio. Se necessário, o backhaul pode ser feito via link de rádio ou mesmo satélite.