A CCS Insight, empresa especializada em inteligência e consultoria de mercado de tecnologia, estima que as vendas mundiais de celulares em 2019 serão limitadas a 1,8 bilhão de unidades, uma queda de 3% no comparativo anual, em sua última previsão.

Três fatores são as causas do resfriamento do mercado, segundo a empresa: o alongamento dos ciclos de reposição, a fraqueza da economia chinesa e a incerteza política e macroeconômica em outros grandes mercados. Outro ponto que não favorece são os altos preços dos dispositivos flagship, que estão num patamar surreal para alguns consumidores. Além do mais, os usuários estão mantendo seus smartphones por mais tempo e cogitando a compra de dispositivos usados.

Segundo a notícia que saiu no Mobile World Live, a CCS Insight disse que esperava que as vendas atingissem 2 bilhões de unidades por ano até 2022, mas, de acordo com as novas perspectivas, tudo indica que as vendas deverão ficar em 1,9 bilhão até 2023.

A empresa rebaixou suas expectativas em quase todos os mercados, inclusive o indiano, onde há uma expectativa de mais de 320 milhões de telefones vendidos até o fim do ano. Isso representa um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mas não é o suficiente para o mercado ficar animado.

Nos principais mercados da Europa Ocidental, cerca de 35% dos consumidores pretendem manter o telefone atual por mais tempo do que o anterior, e a CCS Insight também acredita que dinâmicas semelhantes estão afetando os EUA, onde as vendas devem cair 9% este ano.

No que diz respeito a um potencial impulsionador para o mercado de dispositivos móveis, a chegada da 5G, a CCS Insight espera que os telefones habilitados para a tecnologia de quinta geração apareçam no mercado mais lentamente do que o previsto, antes de avançar para uma trajetória de crescimento mais forte a partir de 2020.

A empresa espera que 220 milhões de telefones 5G sejam vendidos em 2020, aumentando para 930 milhões em 2023, respondendo por quase metade de todas as vendas de celulares.

 

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