flukeoperadora

O jovem universitário é um consumidor em transição. Alguns já estão estagiando ou trabalham em seu primeiro emprego, conseguindo uma renda própria pela primeira vez na vida e, consequentemente, assumindo novas responsabilidades, como o pagamento de suas contas. E uma delas pode ser a de telefonia móvel. É para esse público específico que está sendo desenhada uma nova operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês), a Fluke Operadora. Para conquistar os universitários, a startup pretende combinar comunicação transparente, atendimento personalizado através de canais digitais e flexibilidade na oferta de planos.

“O millennial cobra autenticidade das marcas. E temos a vantagem de entregar essa proposta de valor. O time de fundadores da Fluke é bastante jovem, todos com vinte e poucos anos. Estamos falando com nós mesmos. Fazemos parte do nosso core de público”, comenta Marcos Oliveira Jr, CEO e sócio-fundador da startup. O empreendedor tem apenas 20 anos de idade e trancou a faculdade de engenharia eletrônica na USP de São Carlos para se dedicar à Fluke.

A MVNO está conversando com diversas operadoras para decidir qual rede utilizará. A decisão será tomada em breve, pois o lançamento de um piloto para testar o modelo comercial está previsto para acontecer entre o segundo e o terceiro trimestre. A ideia é começar como uma MVNO credenciada e, mais tarde, eventualmente, migrar para o modelo de autorizada.

DDD 16

A Fluke escolheu o DDD 16 para iniciar sua operação, tendo como alvo as cidades de São Carlos, Ribeirão Preto e Araraquara. Ali há duas grandes universidades públicas, a UFSCar e a USP de São Carlos, com uma comunidade acadêmica que reúne cerca de 60 mil pessoas, entre estudantes, professores e funcionários.

Para conquistar seus assinantes, a Fluke pretende estar presente na vida universitária, participando de seus eventos acadêmicos e esportivos. Além disso, vai oferecer um leque de serviços de valor agregado que interessem aos estudantes. E pretende firmar parcerias com empresas de outros segmentos mas que também tenham o público universitário como alvo, para combinarem ações conjuntas.

A MVNO vai vender planos pré-pagos, mas com recargas recorrentes semanais ou mensais. A projeção é de uma receita mensal média por usuário (ARPU) em torno de R$ 40 – próximo, portanto, dos planos controle. A ideia é indicar para cada assinante um pacote que melhor se adeque ao seu perfil, mas ser flexível o suficiente para alterá-lo conforme a necessidade do cliente.

A Fluke vai disponibilizar um app, através do qual as linhas serão ativadas. O protótipo já está pronto e foi todo desenvolvido pela própria equipe de TI da Fluke. No app acontecerá também o atendimento aos clientes.

Expansão

A Fluke almeja conquistar entre 50 mil e 100 mil usuários em seus primeiros 12 meses de operação. Joaquin Molina, consultor que está assessorando os empreendedores, elogia a escalabilidade da MVNO. Seu público, além de bem definido, fica concentrado geograficamente no mesmo lugar, ou seja, a universidade. Isso possibilita um crescimento gradual. Depois do DDD 16, a startup planeja seguir para o DDD 19, de Campinas, por causa da Unicamp.

 

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