Em 2018, o investimento realizado pelo setor de telecomunicações brasileiro avançou 7% frente a 2017 e totalizou R$ 29,9 bilhões. No mesmo período, a receita bruta das empresas de telecom cresceu 1,3%, perfazendo R$ 237,9 bilhões, segundo dados obtidos por Teletime.

A alta no volume de aportes foi a primeira após três anos consecutivos de recuo; em 2014, o investimento do setor somou R$ 32,6 bilhões. Com os valores de 2018, o montante aportado pelas teles desde a privatização do sistema soma R$ 795 bilhões, quando corrigido pelo IGP-DI, e R$ 429 bilhões em valores correntes. Já o pagamento de outorgas desde então exigiu R$ 131 bilhões, também em valores corrigidos.

Investimentos do setor de telecom. Em bilhões de R

Do ponto de vista das receitas brutas, o crescimento de 1,3% foi impulsionado por alta de 4% na telefonia móvel (para R$ 102,4 bi) e por salto percentual ainda maior (9,3%) no segmento de banda larga fixa (para R$ 45,9 bi). O faturamento bruto da indústria também cresceu no período, para R$ 33,5 bilhões (alta de 4,5%). Já a receita bruta das operações de TV paga recuou 4,1% (para 27,5 bi), enquanto a da telefonia fixa derreteu 13% (somando R$ 28,5 bi), refletindo o mesmo movimento das respectivas bases no período.

Em 2017, o faturamento bruto de telecom havia crescido 0,7% e representava 3,6% do PIB. No ano passado, essa participação no produto interno bruto nacional recuou 0,1 ponto percentual, para 3,5%. Ainda em 2018 o setor pagou aproximadamente R$ 31 bilhões em ICMS, além de recolher R$ 6,8 bilhões para fundos setoriais.

Emprego

O número de trabalhadores em telecom também cresceu em 2018: frente 2017, a alta nos empregos diretos foi de 1,23%, para 494 mil ante 488 mil um ano antes. Ainda assim, o saldo em 2017 (15 mil novos empregos diretos) foi maior que o de 2018 (6 mil). Entre os profissionais do setor ao fim do ano passado, 41% realizavam prestação de serviços, com 36% atuando em contact centers para as teles. A implantação de redes somava 17% e a indústria, outros 6%.

 

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