A DinDin (Android, iOS) pretende adicionar mais serviços financeiros em sua plataforma neste ano. A fintech – que atua como uma conta digital para pessoa física e pessoa jurídica – pretende adicionar funções de crédito, câmbio, seguro e investimento. Mas a diferença é que nesse modelo de negócios, a empresa quer abrir espaço para que outras fintechs sejam plugadas em sua plataforma por meio de APIs.

“Queremos nos estabelecer como a melhor opção custo/benefício para empresas e pessoas. A gente não precisa escolher qual função é a principal. As pessoas são empresas de 9h às 18h, mas depois são pessoas. Elas não precisam ter mais de um app, uma vez que tem problema de memória. Queremos ser um hub financeiro”, disse Stephanie Fleury, CEO e fundadora da DinDin.

Nesse modelo, batizado de ‘fintech as a service’ (FaaS), a DinDin ofertará suas APIs para empresas que estão começando ou estão em fase de maturação, como explicou Fleury: “Estamos estudando ir para o mercado de crédito neste ano. Vamos escolher algumas fintechs que fazem crédito. Queremos plugar câmbio, seguro e investimento também. Queremos plugar duas de quatro soluções. Respeitamos o caminho de cada fintech, nós vamos aprendendo com elas, conectando-as via APIs. Somos uma fintech das fintechs. É natural que alguma empresa use a nossa conta digital, por exemplo. Dá para coexistir”.

Co-branded

Além da relação com outras fintechs, a DinDin firmou uma parceria com a Associação de Recicladores do Rio de Janeiro (ARERJ) para oferecer um cartão co-branded, entre a ARERJ, DinDin e Visa. Com a solução, a ideia é bancarizar essa classe de 200 mil trabalhadores com o cartão e a conta digital, e resolver o problema de boletos das empresas associadas de reciclagem. Antes, essas empresas gastavam, em média, R$ 60 mil por mês com 6 mil depósitos. Na parceria com a fintech, o valor com os depósitos cai para R$ 99.

Mesada

Para o consumidor final, a companhia adicionou recentemente a função “mesada” dentro de seu app. Esta solução também funciona por meio de um cartão pré-pago com bandeira Visa. Nela, o pai (ou responsável) pode separar um valor para o filho gastar ao longo do mês. De acordo com Fleury, a ideia é introduzir o digital e a educação financeira para o público de 6 a 16 anos de idade.

“Hoje, a mesada ainda é em dinheiro físico. Além da inclusão financeira, ela também é uma função de inclusão digital. O cartão e o app não têm nada de diferente, pois a criança quer ser um adulto. Ela quer ter o cartão igual ao dos pais”, explicou a executiva.

“É um conjunto entre a educação financeira e a aquisição de clientes a longo prazo. Tem funções que deixamos offline, que é para provocar a discussão dentro de casa. Geralmente, o comportamento de gastos do filho fica escondido dos pais. Com isso, o responsável consegue acompanhar (por tipo de gasto) e entendê-lo”, completou.

Para o futuro, esta função pode ganhar uma variação para o mercado corporativo. A ideia é ofertar a opção “mesada” como controle de gastos da equipe de vendas dentro de uma empresa.

 

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