[Atualizada no tópico Desejos e investimentos] Já são mais de quatro anos maturando a ideia de desenvolver uma nova rede social. Longe de querer ser um Facebook, um Instagram ou qualquer outra mídia já consolidada no mercado, a Plubr almeja ser uma inovação, uma novidade no pedaço. A empresa, brasileira da cidade de Içara, Santa Catarina, vai usar a tecnologia blockchain para privacidade, proteção de dados do usuário, que terá controle para liberar ou não suas informações –, mas também para sua moeda digital própria. Ela será usada para remunerar os usuários onde o tempo de acesso e o nível de interação vão gerar valor para essas pessoas.

A previsão de entrega da versão alfa do aplicativo está prevista para até o final de 2019. E, em 2020, a Plubr disponibilizará seus aplicativos. As estruturas ainda estão sendo montadas, mas, de acordo com o CEO, Alfredo Miranda, a empresa quer abrir 34 escritórios em diferentes partes do mundo.

Até o momento, o maior desafio da Plubr não é o desenvolvimento da plataforma e do ecossistema, mas as adequações para as regulamentação de cada país. “Queremos abrir 34 escritórios físicos em diferentes partes do mundo para cobrir, até a data do lançamento, mais de 140 países, ou seja, precisamos nos adequar às jurisdições desses países e adequar cada termo e contratos às suas leis. Já iniciamos este processo e abrimos escritórios nos Estados Unidos e no Reino Unido”.

Palestrante Alfredo Miranda Ceo da Plubr

Alfredo Miranda, CEO da Plubr, durante palestra no Google for Startups, em São Paulo, onde fez o pré-lançamento da rede social

Desejos e investimentos

Apesar de sempre afirmar que não deseja competir com o Facebook, o CEO sabe que é difícil entrar no mercado restrito das mídias sociais. “Temos os pés no chão. Se tivermos 1% desse mercado, está ótimo. Perguntaram para mim quantos usuários estamos estimando e respondo que, se tiver 4 milhões de usuários brasileiros estarei satisfeito”, disse, sem precisar em quanto tempo.

Miranda explicou que a Plubr acabou atraindo o interesse de um investidor chinês. Com isso, ficaram animados com os olhos atentos de pessoas daquele país na plataforma. Os sócios não querem fazer “series A”, “series B” “series C”. Eles já têm um objetivo traçado para captação de investimentos.

“Não queremos entrar no círculo vicioso de IPOs. Nossa política para captação de investimentos já tem um teto delimitador. Não podemos vender mais do que 40% da empresa. Realizaremos em breve um dos primeiros STOs do Brasil, em parceria com a Plataforma Basement, com a venda de 10% da companhia. Ao mesmo tempo, dentro de nossa estrutura de empresas, vamos realizar captações no exterior no estilo das STOs, além de que temos um registro arquivado na SEC, e outros que estamos providenciando em outras jurisdições. Uma ICO não está descartada, mas bem diferente destes modelos do passado que só serviram para prostituir o mercado de criptoativos. Fomos financiados pelos nossos acionistas até o momento, e conseguimos recentemente chamar a atenção e abrimos conversação com investidores externos, mas estamos restritos a falar sobre isso devido a um NDA. Acreditamos que, chegou o momento de mostrar nossa cara ao mercado”, resumiu Miranda.

Aplicativos

Ecossistema da Rede

Ecossistema da PLUBR. Empresa pretende lançar um aplicativo para cada assunto

A ideia da Plubr é descentralizar e desenvolver uma série de apps. Estão previstos aplicativos de namoro/encontro, para procura de empregos, chat/grupos, áudio/vídeo, jogos, ingressos, e-commerce e marketplace de compras em grupo, entre outros.

Miranda também fala sobre a importância das parcerias já montadas em diferentes países. Apesar de não poder nomear cada uma delas por uma questão estratégica, o CEO diz que elas contribuem para a criação da ideia, mas também da plataforma. “Qualquer dificuldade ou necessidade de transferência de tecnologia é compensada através de parcerias que estamos realizando no exterior. E acredite: estamos bem adiantados nisso através de vários ‘hubs’ que estamos criando ao redor do mundo”.

 

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