Em 2018, a Check Point conseguiu impedir mais de 100 milhões de ataques cibernéticos. De acordo com a empresa de segurança digital, foram gastos com cibersegurança 11% a mais do que no ano anterior no mundo. Os dados foram apresentados no CPX, evento realizado em São Paulo para empresas parceiras e clientes da Check Point.

Porém, de acordo com o CMO da empresa israelense com base no Brasil, Peter Alexander, o mundo está passando por uma mudança significativa em relação aos ataques, uma vez que estes, atualmente, podem atingir cidades inteiras, grandes corporações e prejudicar profundamente a economia de países ou de companhias.

Peter Alexander Check Point

Peter Alexander é CMO da Check Point. Ele veio ao Brasil para o CPX, evento organizado pela empresa voltado para clientes e parceiros

Para a Check Point, esses são os chamados ataques de quarta e quinta gerações, que são em larga escala e em multivetores e podem invadir nuvens e dispositivos móveis. A questão é que as empresas e os governos não estão preparados para esses ataques mais sofisticados. “A maioria das empresas em todo o mundo estão preparadas para ataques de até a terceira geração, ou seja, spams e phishing”, explicou Alexander em conversa com jornalistas. “Elas não estão preparadas para enfrentarem ataques de quarta e quinta gerações”, completou.

No entanto, apesar do despreparo, as companhias avançam em direção ao armazenamento de dados em nuvem. “Nossos clientes estão migrando para a nuvem, mas desconhecem os riscos. Acreditam que estão protegidos nela, mas não é bem assim. A segurança que Amazon, Azure ou qualquer outra empresa que oferece nuvem, está na infraestrutura. Os dados não estão protegidos. Precisamos educar esse cliente e informá-lo sobre como se precaver”, disse Alexander.

O country manager da Check Point Brasil, Claudio Bannwart também reforçou a ideia e disse que os CIOs estão atrasados. “Eles estão tentando entender a primeira parte do processo, ou seja, localizando onde estão armazenados os dados. É preciso que a cultura da segurança dos dados seja implementada nas empresas para que todos os funcionários estejam cientes de sua importância e a apliquem”, explicou.

LGPD

Entender onde estão os dados é um passo importante para a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrará em vigor no País em agosto de 2020. Para acelerar esse processo nas 100 mil empresas parceiras da Check Point em todo o mundo, a companhia vem fazendo eventos em várias cidades do mundo para explicar sobre como proteger os dados. No Brasil, o movimento não é diferente para os mais de 1 mil clientes espalhados pelo País.

“No momento, os bancos são os mais avançados e muitos já estão com 80% dos trâmites preparados. O governo está muito longe. Mas as pequenas e médias empresas estão muito atrasadas. Para se ter uma ideia, fizemos um evento em Mato Grosso e muitos CIOs de lá nem sabiam o que era LGPD”, contou Bannwart.

 

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