O Nokia Bell Labs, em parceria com o Centro de Pesquisa de Materiais Avançados e Bioengenharia da universidade Trinity, em Dublin, na Irlanda, desenvolveu uma solução que aumenta em 2,5 vezes a duração de baterias de íon-lítio, as mesmas usadas em smartphones, tablets, laptops e tantos outros aparelhos eletroeletrônicos. A invenção foi apresentada em um artigo publicado na revista científica Nature Energy e já teve sua patente solicitada.

Alcançar a capacidade teórica máxima de armazenamento de energia em baterias de íon-lítio requer eletrodos com grande espessura. Porém, o aumento de sua espessura provoca instabilidades mecânicas que afetam a condutividade do material, o que restringe a capacidade final. Para solucionar o problema, os cientistas combinam nanotubos de carbono e diversos outros materiais, como silício e grafite, para criar eletrodos com maior espessura sem perda de capacidade por instabilidades mecânicas, propiciando um aumento de 2,5 vezes na duração da bateria, e sem impactar no tamanho da bateria.

O Nokia Bell Labs prevê que a tecnologia poderá ser útil não apenas para aparelhos eletroeletrônicos de consumo de massa, como smartphones e laptops, mas também para equipamentos de rede móvel, em áreas sem distribuição de energia elétrica. Além disso, servirá para melhorar o armazenamento de energia renovável, um dos maiores problemas atuais da utilização de energia solar e eólica.

Análise

A duração da bateria é um dos maiores problemas da indústria móvel hoje em dia. Telas maiores e processadores mais potentes demandam mais energia, só que a tecnologia por trás das baterias de íon-lítio não acompanhou a evolução dos aparelhos. Como resultado, o usuário precisa recarregar a bateria diariamente, ou andar com baterias sobressalentes.

A invenção do Nokia Labs tem potencial para mitigar de maneira significativa esse problema. Cabe lembrar, contudo, que entre a invenção de uma tecnologia a sua produção em larga escala costuma-se demorar alguns anos.

 

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