TelefoneUma viagem pode render milhares de fotos. Hoje em dia, com as câmeras dos smartphones cada vez mais potentes, e com altíssimas resoluções, é comum registrar cada detalhe das férias exclusivamente com o aparelho. Mas o difícil é selecionar as melhores imagens – sem olhos vermelhos, focadas, com bom enquadramento, por exemplo –, diagramar e registrar em um álbum fotográfico físico. Pensando em atender a clientes sem tempo ou paciência, a Digipix desenvolveu o aplicativo d.book (Android, iOS). Ele possui inteligência artificial capaz de selecionar as fotografias e estruturar o design do fotolivro, de modo que o usuário tenha o mínimo de trabalho possível.

A solução funciona da seguinte maneira: depois de baixar e se cadastrar no app, ele varre a galeria de fotos do celular e separa por momentos (o que o app chama de “coleções”), sempre excluindo print screens, imagens de bilhetes e cupons fiscais, por exemplo. O aplicativo seleciona uma viagem e monta uma sugestão de álbum a partir de uma ordem cronológica, deixando as fotos clicadas no mesmo dia e em horários próximos, na mesma página. Mas, caso o usuário queira manipular, é possível, também. Ele pode escolher um período para que a solução monte um álbum, excluir ou inserir imagens e editar a diagramação sugerida pela inteligência artificial.

Uma vez com o fotolivro pronto, o usuário escolhe o tipo de papel e de capa, paga dentro do aplicativo e espera chegar em casa. Os álbuns podem ter de 20 a 120 páginas e é possível escolher três tipos de formatos do livro, além de três gramaturas diferentes do papel, assim como para a capa.

Processamento no celular

A solução começou a ser desenvolvida há mais de um ano e meio e contou com a parceria de empresas de Cingapura que entraram com a expertise em IA. Para que o app não consuma muito a bateria ou a memória no smartphone, ele faz as varreduras enquanto o celular está sendo carregado.

Telas“O aplicativo vai acompanhando seu desempenho de uso da câmera. Quando o celular está na tomada, ele aproveita para fazer processamentos mais pesados”, disse a gerente de produto da Digipix, Daniela Santana. Outro ponto importante é que as imagens dos usuários não vão para lugar algum para serem processadas. “A tecnologia lê a galeria e a análise acontece dentro do celular. Nada sai dele. É uma segurança para as imagens do cliente”, explicou Santana.

A Digipix pensou numa solução para facilitar a vida de seus clientes com dificuldade em diagramar e escolher as melhores imagens. “Queríamos fugir do feijão com arroz. Temos um objetivo que é popularizar nosso produto e a IA praticamente faz o fotolivro para o usuário. É realmente muito prático”, disse o gerente de e-commerce da Digipix, Ygor Ferreira.

A previsão da Digipix é ter, até o final de 2019, 100 mil usuários com o app instalado e vender de 10 a 15 mil fotolivros pelo aplicativo.

Por enquanto, a inteligência artificial está presente somente no aplicativo para Android. O app voltado para celulares iOS é o tradicional, sem a presença da IA.

Fotolivros

 

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