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Prefeito Edvaldo Nogueira: “A economia com o gasto de papel serve de sobra para pagar o software (de digitalização)”

A Prefeitura de Aracaju/SE quer eliminar o uso do papel em seus serviços e documentos até 2020 por meio da digitalização de documentos. Batizado de Ajuinteligente, o processo de transformação digital do governo começou em cinco secretarias e busca uma economia de R$ 190 mil por mês até o fim do processo, além de diminuir a burocracia. O projeto de eGov em Aracaju também reduziu de 120 dias para cinco dias a abertura de empresas na cidade.

“A economia com gasto de papel serve de sobra para pagar o software (de digitalização)”, disse o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB-SE). “Queremos eliminar o papel na prefeitura até o fim do ano. Pelo menos nas principais secretarias (saúde, educação e finanças), além de colocar tudo disponível para o cidadão digitalmente.”

Sobre a fonte de renda para esses projetos, o prefeito explicou que usou principalmente de recursos próprios das finanças da cidade, PPPs e remanejamento do orçamento. Deu como exemplo a redução de cargos e comissões no gabinete da prefeitura, que reduziu em R$ 5 milhões a folha salarial.

Em conversa exclusiva com Mobile Time, o prefeito da capital sergipana, explicou que o projeto de digitalização de processos internos e externos é uma das quatro áreas que a administração municipal quer avançar para transformação da cidade inteligente até o fim de seu mandato em dezembro de 2020. São elas: mobilidade urbana, saúde, educação e eGov.

Projetos 2020

Em saúde, a prefeitura está implementando o prontuário eletrônico e, atualmente, 50% de sua rede básica conta com o serviço, segundo Nogueira. A expectativa é de que até o final do ano o sistema esteja em todas as unidades. Uma vez com o sistema instalado, um aplicativo será lançado em 2020 para a população poder marcar ou cancelar consultas, solicitar remédios e enviar notas das consultas por SMS.

Um dos objetivos com o app de saúde é diminuir o absenteísmo em consultas médicas, atualmente em 40%, que prejudica o atendimento e colabora para o aumento da fila em consultas médicas. Outra meta é delimitar a população que usa o sistema público de saúde da capital, uma vez que há 2 milhões de cartões SUS para uma população de 600 mil habitantes.

Para 2020, o objetivo da prefeitura de Aracaju em educação é entregar cartões eletrônicos para os alunos. Assim, quando eles entrarem nas escolas, os pais recebem a confirmação via SMS no celular. O sistema ainda será usado para eliminar a chamada, e, com isso, ganhar mais tempo em sala de aula, e avisar aos pais sobre notas, faltas, advertências e outras informações de seus filhos, uma vez que o diário de classe dos professores também será digitalizado.

O prefeito explicou que, atualmente, não há mais filas formadas por pais e responsáveis para matrículas em escolas no começo do ano. Isso acontece pelo fato de a prefeitura ter colocado os sistemas de matrícula na web. Sobre pessoas que não têm acesso à Internet, Nogueira disse que as escolas têm computador e conexão para fazer as matrículas, assim os profissionais da escola podem ajudar no preenchimento das vagas.

Sobre mobilidade urbana, Aracaju já possui 150 cruzamentos inteligentes em toda a cidade.

Conectividade

Durante a conversa com Mobile Time no evento Smart City Business, na última terça-feira, 23, Nogueira respondeu sobre conectividade em Aracaju. Ele explicou que não pretende criar uma rede LTE ou Wi-Fi própria na cidade, mas busca criar uma parceria público-privada (PPP) para avançar em conectividade pública. Mas esta é a segunda etapa do projeto de cidade inteligentes na capital sergipana.

Nogueira adiantou ainda que pretende enviar até setembro uma atualização do projeto de lei de antenas para a Câmara dos Vereadores da cidade. Mas não forneceu detalhe técnicos, pois ainda conversará com as operadoras.

 

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