Os acessos 4G na América Latina somaram 324 milhões ao fim do segundo trimestre de 2019 após a adição de 19 milhões de conexões desse padrão no período, apontam dados da consultoria Ovum divulgados pela 5G Americas nesta quinta-feira, 19. Dessa forma, os assinantes LTE representam agora 47% da base móvel da região.
No primeiro trimestre, a proporção do 4G era de 44% da base latino-americana; já há um ano, o share estava em 35%. No acumulado dos seis primeiros meses de 2019, cerca de 47 milhões de acessos na tecnologia foram adicionados na região.
O Brasil foi determinante e para os resultados, visto que 12,2 milhões de acessos 4G foram adicionados no País no primeiro semestre (e 13,9 milhões se considerado também o mês de julho). Apenas no segundo trimestre, por sua vez, a contribuição brasileira foi de 6,2 milhões de novos acessos. Em julho, 62% da base móvel nacional era 4G (ou 143,7 milhões de chips).
“A LTE mantém sua trajetória de forte crescimento na América Latina, com vários países atingindo 60 a 70% de adoção. No futuro, a cobertura LTE deve chegar em regiões de menor densidade populacional, enquanto a adoção da 5G começa a crescer em centros urbanos e no segmento corporativo”, afirmou vice-presidente da 5G Americas para a América Latina e Caribe, Jose Otero. No Brasil, 144 cidades receberam redes 4G durante os seis primeiros meses de 2019.
Segundo levantamento da TeleGeography citado pela 5G Americas, há atualmente 126 redes LTE operando na América Latina, além de duas NB-IoT e três LTE-M. Globalmente, foram identificadas 654 redes LTE, além de 57 do tipo NB-IoT e 24, LTE-M.
No segundo trimestre, cerca de 250 milhões de novos acessos 4G foram adicionados em todo o mundo, levando a base LTE para 4,7 bilhões em junho, ou 53% do mercado global. A participação da tecnologia é mais alta nos EUA e Canadá, onde já representa 88% dos acessos móveis.
5G
A 5G Americas também apontou que 34 redes de quinta geração já estão operacionais em todo o mundo, sendo apenas uma na América Latina. Para a entidade, 77 redes 5G devem estar funcionando até o fim do ano em todo o planeta. Ainda assim, a substituição do 4G pela predecessora deve ser gradual: a partir de dados da Ovum, a associação aponta que o declínio do LTE só deve começar em 2023, após a tecnologia atingir um pico de 6 bilhões de acessos em 2022.