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O Cubo Itaú mais que dobrou (135%) o faturamento na soma das startups que residem o espaço de inovação, ao saltar de R$ 230 milhões para R$ 540 milhões em um ano. Os dados foram apresentados durante a comemoração de quatro anos do espaço por seus gestores, Pedro Prates e Renata Zanuto, em conversa com imprensa nesta sexta-feira, 20.

Com atualmente 125 startups no local e mais 134 empresas no modelo digital do Cubo, as novas entrantes receberam R$ 480 milhões em investimentos nos últimos dois anos, além de 770 empregos gerados em 2019. Atualmente, 2 mil pessoas circulam pelo Cubo todos os dias e 1,2 mil trabalham no local.

Prates descarta a ideia de expansão para outros prédios. Para ele o objetivo do espaço é ampliar a conexão: “O nosso foco está na expansão digital. E em conexão com outras instituições, em gerar sinergia principalmente. Anunciamos a parceria com o BID e queremos levar no ano que vem startups para fazer intercâmbio na América Latina”.

Sobre os negócios com o Itaú, Prates disse que 80 projetos de startups foram realizados junto ao banco.

Igualdade

Outro tema abordado na conversa foi a diversidade dentro do Cubo. Segundo Zanuto, há um trabalho dedicado para dar mais espaço para a criação de minorias no Cubo. Sem revelar números, a executiva explicou que tem visto um avanço de mulheres que circulam no Cubo, mas ainda não tem um espaço forte na liderança.

“Olhamos a diversidade (do Cubo) de perto. Temos a trilha em Woman in Tech com alguns cursos para incentivar mulheres na liderança. Todo mês a gente se encontra, e fizemos uma parceria bem interessante para unir projetos com o Itaú. São mulheres que querem estar na liderança, trazemos outras founders para fazer a troca de ideias”, completou.

Ecossistema

Outro ponto defendido pelos gestores é o desenvolvimento do ambiente de startups no Brasil. Prates acredita que o cenário mudou no ecossistema nos últimos quatro anos. Um dos exemplos foi a entrada do SoftBank e seu fundo de US$ 5 bilhões para a América Latina.

“Provavelmente não vai parar no SoftBank. Outros investidores devem vir”, disse o colíder. “O ecossistema empreendedor mudou e mudou muito. Além da densidade, o que faltava eram as grandes corporações entrarem nesse ecossistema e acesso ao capital”.

 

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