Com a disputa acirrada no segmento de maquininhas (conhecido no jargão econômico como “adquirentes”), a Ingenico quer se distanciar da disputa por taxas baixas e vendas de máquinas. De acordo com Matias Fainbrum, gerente geral da Ingenico ePayments na América Latina, a companhia tenta se aproximar de seus clientes com funções mais consultivas e no valor agregado de suas soluções.
“O mercado brasileiro está bem concorrido. Isso é uma boa oportunidade de se diferenciar da concorrência, entre adquirentes, gateways e plataformas de fraude. Há um espaço para fornecedores de alto valor agregado”, disse o executivo, em conversa com Mobile Time. “Não queremos ser um fornecedor de commodities. Nossa ideia é fornecer serviços e consultoria com otimização de taxas e conversão”.
Fainbrum explicou que, desde o começo do ano, a Ingenico tem batalhado para se diferenciar na experiência de pagamento do usuário, batizada na companhia como Payment Experience, que estende o conceito de experiência do usuário para o pagamento. Neste cenário, a companhia criou ferramentas de gamificação na compra para dar desconto ao consumidor; chatbot transacional com IBM Watson; e o pós-compra para ofertar outros produtos/serviços adicionais após a compra principal.
“Tem que ter habilidade para justificar seu preço e seu valor. Investimos muitos recursos em inovação. Não é simplesmente o processamento de pagamento”, comentou.
Mais recentemente, a empresa lançou uma opção nativa de boleto no mobile. Inclusive, este formato está adaptado às regras solicitadas pela Febraban, que, por exemplo, exige três dígitos do CPF para o pagador confirmar sua identidade. Fainbrum explicou que a função ajuda a trazer a Ingenico para mais perto do mundo mobile.