Se uma rede social ou app de mensageria de alta popularidade no Brasil decidir virar um “super-app”, igual ao modelo chinês do WeChat e AliPay, será o fim da linha para outros aplicativos que perseguem a mesma estratégia, prevê Andreas Blazoudakis, CEO do Delivery Center. O executivo participou do Mobishop, evento organizado pelo Mobile Time nesta terça-feira, 8, em São Paulo.

“O que está por trás do sucesso WeChat é que ele é uma loja de aplicativos. O Google não entrou na China e eles aproveitaram o espaço. O WeChat publicou 10 milhões de apps em seis anos”, disse o executivo. “Na hora que o WhatsApp migrar o negócio, você vai pedir iFood no WhatsApp. A gente ainda não tem esse mundo no Brasil, pois o Facebook preferiu apostar primeiro no Messenger”.

Para Gustavo Menezes, diretor comercial de banking payment solutions da Thales Brasil, um super-app com potencial de alcance verticalizado surgirá em algum momento. Assim como o CEO da Delivery Center, ele acredita que esse movimento ainda não avançou por opção de cautela de Google e Facebook.

O inimigo é outro

Por sua vez, Rodrigo Gouveia, diretor de marketplace do Banco Inter, lembrou que Facebook já faz testes com pagamentos instantâneos na Índia, além da investida com o Libra. Contudo, o executivo entende que o surgimento de um super-app que domine o mercado pode vir de outros players, como o SoftBank. Vale lembrar, o investidor japonês tem como objetivo ser o “regente” na inteligência artificial e serviços nos próximos anos e reservou US$ 138 bilhões para isso.

 

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