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|Atualizada dia 24 de outubro, às 22h02|

A Huawei informou a seus usuários a mudança de sede da operação de seus aplicativos para smartphones da Aspiegel, sediada na Irlanda, para a Huawei Services, que fica em Hong Kong. A troca estaria ligada à ida para um território com regras mais flexíveis à proteção de dados na companhia. Enviada por e-mail aos consumidores no último sábado, 19, a alteração ocorrerá efetivamente a partir do dia 1º de novembro deste ano.

De acordo com o documento, a mudança atingirá usuários de seus apps (AppGallery, APP Assistant, Wallet, Huawei ID, MemberCenter, IAP, Points, Themes, ScreenMagazine, Music, Mobile Cloud, Browser, AppAdvisor, Assistant e Health) na Ásia, América Latina, África, Europa e Oriente Médio.

Na última quarta-feira, 23, a companhia revelou que vendeu 200 milhões de smartphones em 2019, todos com esses apps.

Procurada em um primeiro momento por Mobile Time, a fabricante informou por meio de sua assessoria de imprensa que a mudança ocorre para trazer “serviços inovadores” e “ampliar a oferta de produtos”. Afirmou ainda que “havia reestruturado parte de sua operação” e que isso não implica em mudanças para os usuários, pois os dados pessoais continuam sendo processados por sua unidade em Cingapura.

Mas o motivo pode ser outro. Para Rafael Pellon, especialista em direito digital e advogado da Pellon de Lima Advogados, a motivação poderia ser a busca por uma lei mais branda de proteção de dados que a GDPR europeia.

Hong Kong tem uma lei de proteção de dados parecida com aquela da China. Em tese, os dois códigos são mais brandos do que a  a GDPR.

 

 

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