Quando o primogênito da família nasceu há 10 anos, Jules van Bruggen e sua esposa tiveram muitas dificuldades para encontrar uma creche. Levaram um ano até achar uma boa na Holanda, onde moram. Essa situação levou o pai a pensar nos motivos pelos quais ainda não havia uma plataforma onde fosse possível encontrar babás. “Procurei, à época, na Internet e não achei nada. Decidi, então, desenvolvê-la eu mesmo concomitante ao meu trabalho. Dois anos depois, fui tão bem-sucedido que decidi largar meu emprego e dedicar meu tempo à plataforma em período integral”, contou em entrevista a Mobile Time o criador da Sitly (Android, iOS), app para que pais e mães encontrem profissionais para cuidar de suas crianças. A solução chegou ao Brasil em setembro e recebe 1,7 mil novos cadastros de responsáveis por dia, totalizando, até a última contagem, dessa semana, 61 mil famílias e babysitters. Até o fim do ano, a plataforma pretende chegar a 200 mil babás disponíveis em todas as regiões do País. Atualmente, está presente ativamente em 518 municípios.
Sitly funciona como os aplicativos de relacionamento. O match entre o responsável pela criança e a profissional se dá a partir da geolocalização. Quando o match acontece, eles podem conversar por meio de um chat da plataforma. O app também disponibiliza informações da profissional, como uma foto, seus dias e horários livres, o valor cobrado, além do tipo de tarefa que se propõe a fazer. Porém, o Sitly reforça que promove apenas o primeiro contato entre as duas partes. Cabe à família fazer uma entrevista com a profissional ao vivo e decidir se trabalhará ou não com ela. De toda forma, o aplicativo sugere perguntas a serem feitas durante essa conversa presencial a partir de uma lista de perguntas.
“Uma babá precisa mostrar sua disponibilidade, sua experiência, informar o número de crianças que ela pode cuidar ao mesmo tempo, qual a idade das crianças com quem trabalhava e outras habilidades – como a de linguagem, se ela pode cozinhar, fazer compras, dirigir as crianças a algum destino e ajudar com lição de casa. Ela também precisa mostrar se tem referências e pode adicionar recomendações por escrito das famílias que costumava ou ainda está trabalhando”, explica van Bruggen.
“Eventualmente, os pais estão na liderança para selecionar a babá certa. Sitly não funciona como muitos outros serviços sob demanda, como Uber. Sitly facilita o primeiro contato. A entrevista de acompanhamento precisa ser feita pelos pais e pela babá, e se os pais trabalharão com as babás é totalmente da responsabilidade deles decidirem após a conclusão da entrevista”, completa.
Custos
O aplicativo cobra mensalidades tanto para as babás (R$ 19, um mês de assinatura; R$ 12/mês, no caso de três meses de assinatura) e para os responsáveis das crianças (R$ 29, um mês de assinatura; R$ 19/mês, no caso de três meses de assinatura).
Sitly no mundo
Nascida na Holanda, a Sitly atualmente está presente em 10 países e tem mais de 2 milhões de usuários cadastrados.