Começa nesta segunda-feira, 28, em Sharm El-Sheikh, no Egito, a Conferência Mundial de Radiocomunicação (WRC-19) da União Internacional de Telecomunicações (UIT). O evento vai revisar os tratados internacionais de Regulação de Rádio para alocação de frequências para serviços de telecomunicações e órbitas de satélite. Em jogo, sobretudo, está o desafio de atender à demanda de capacidade de espectro para o 5G, incluindo pela primeira vez na conferência as bandas acima de 23 GHz, as ondas milimétricas (mmWave).

Serão mais de 3.500 participantes de 193 estados-membros da UIT, além de 267 observadores de 900 membros do setor privado da entidade, além de organizações internacionais. O evento vai até o dia 22 de novembro.

Na pauta está a identificação de bandas para o IMT-2020 (5G); atualizar e modernizar o sistema de segurança e emergência marítima global (GMDSS); garantir que a exploração terrestre e de sistemas de satélites meteorológicos para monitoramento; considerar frequências adicionais para comunicações de aeronaves, navios e em veículos terrestres com satélites de órbita geoestacionária; melhorar o cronograma regulatório para sistemas satelitais não geoestacionários; alocar frequência para plataformas de elevada altitude (HAPS, na sigla em inglês); facilitar a radicomunicação entre sistemas de alta velocidade de trens e de ferrovias; e produzir comunicação efetiva entre equipamentos móveis, incluindo redes Wi-Fi.

Anatel levará à WRC-19 propostas de destinação de faixas para o IMT-2020, como as de 66 GHz e 71 GHz. A agência integra a proposta conjunta das Américas definida pela Comissão Interamericana de Telecomunicações (Citel), com forte influência dos Estados Unidos (e apoio da indústria móvel) e focada na liberação de banda para o serviço móvel – e com oposição da Europa. Porém, os EUA deverão levar proposta própria ao evento, com apoio à flexibilidade de destinações, além da alocação das bandas de 24 GHz, 40 GHz e 48 GHz para o serviço móvel.

A conferência é importante também porque a UIT enxerga a banda larga móvel, especialmente o 5G, como uma oportunidade de conectar a metade da população global que ainda está offline. “Uma revolução transformadora na conectividade está sendo feita com imensas implicações na indústria de telecomunicações e TICs de trilhões de dólares e no avanço de vários das metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas”, destaca o secretário-geral da UIT, Houlin Zhao, em comunicado.

 

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