A Claro acaba de disponibilizar para seus assinantes o serviço de mensageria RCS (Rich Communication Services). Trata-se da evolução do SMS, permitindo a troca de imagens, vídeos e mensagens de áudio através do app Android Messages ou quaisquer outros compatíveis com o padrão. A Claro escolheu o Google como fornecedor de sua plataforma de RCS, que fica na nuvem. Há duas semanas, Mobile Time adiantou que o lançamento do RCS pela Claro estava próximo.
Com a adesão da Claro, o Brasil tem hoje o RCS lançado comercialmente em três operadoras (as outras duas são Oi e Vivo) e em testes em uma quarta (Nextel). Todas utilizam a plataforma do Google.
Vale lembrar que o RCS é um padrão de mensageria interoperável, definido pela GSMA. Ou seja, é possível trocar mensagens entre usuários de operadoras diferentes.
Cenário internacional
O Brasil faz parte de um seleto grupo de países onde mais de duas operadoras têm RCS em funcionamento. Os outros são México, França e Inglaterra. Nesses dois últimos o Google ativou a solução Google Guest Cloud para que o RCS funcione em qualquer operadora, mesmo naquelas que ainda não firmaram parceria com a empresa.
Nos EUA, as quatro grandes operadoras formaram uma joint-venture chamada Cross Carrier Messaging Initiative (CCMI) para lançarem RCS em conjunto em 2020.
A2P
O primeiro passo das operadoras no RCS é disponibilizar a tecnologia para a troca de mensagens entre seus usuários. O segundo é experimentá-lo como um canal de comunicação com os assinantes, para o envio de promoções, por exemplo. A Oi está nessa segunda fase. Claro e Vivo pretendem fazer o mesmo em breve.
O terceiro passo é a abertura do RCS como um canal de comunicação de outras marcas com seus clientes, tal como acontece hoje no SMS, que é usado por bancos, varejistas e diversas empresas para o envio de notificações. No SMS, esse mercado é conhecido como A2P (Application to Peer) e gera uma receita significativa para as operadoras. No RCS, ele tem potencial de ser ainda maior, pois abre novas oportunidades de comunicação, com o envio de conteúdo multimídia e a realização de sessões de conversas, não se limitando a meras notificações como é hoje no SMS. O modelo de negócios do A2P no RCS, contudo, ainda não está definido. A expectativa é de que as operadoras pratiquem um modelo híbrido, com a opção de cobrança por mensagem ou por sessão. Também não está clara qual será a participação do Google nesse negócio. A empresa hoje fornece a plataforma de RCS de graça para as teles. Por fim, é esperado que os atuais integradores de SMS também atuem no RCS A2P, pois já têm os contratos com grandes marcas.