O aplicativo de terapia FalaFreud (Android, iOS) desenvolveu o spin-off FalaDoc (Android, iOS), um app de telemedicina voltado para o mercado B2B. A plataforma oferece o conceito de medicina integrativa ao proporcionar atendimento online com médicos de família, psicólogos, nutricionistas e personal trainers. Por enquanto, o serviço será exclusivo para planos corporativos e sua primeira versão já está sendo testada por companhias parceiras do FalaFreud.
O FalaDoc foi desenvolvido pensando em empresas que não disponibilizam convênio médico para seus funcionários ou para aquelas que gostariam de complementar o benefício atual.“Nossa ideia é levar mais saúde para as empresas e reduzir a ida do colaborador ao pronto-socorro”, explica Luiz Anjos, head de marketing do FalaDoc.
Depois que a empresa fecha o serviço com a startup, o funcionário baixa o app e seleciona uma das possíveis especialidades. No caso do médico de família, é possível fazer algumas orientações para o paciente, como aguardar 48h para ver o andamento do mal estar – se for uma gripe, por exemplo – prescrever uma receita que não precise ser retida na farmácia. Porém, se o caso exigir algo mais complexo – um exame mais aprofundado além da anamnese – o médico deverá recomendar que o funcionário faça uma visita a um médico. “Nesse caso, teremos parceiros conveniados para dar a opção do atendimento presencial”, conta Anjos.
No momento, o app está em formato MVP (Produto Mínimo Viável, em português) com cerca de 20 médicos cadastrados. Para cada tipo de profissional – médico de família, nutricionista, psicólogo e personal treiner –, a plataforma terá um especialista chefe para coordenar a equipe. Porém, de acordo com a legislação brasileira, a primeira interação entre médico e paciente tem que ser presencial. Para isso, a equipe do FalaDoc faz uma força tarefa e vai até a empresa para fazer a anamnese e a primeira consulta. Nas seguintes, ela se dá pelo aplicativo. “O médico vai uma ou duas vezes à companhia para conversar com os pacientes e, a partir daí, conseguimos montar um pré-receituário e ele atende normalmente pela telemedicina”, explica Anjos.
Quanto ao modelo de negócios, Anjos explicou que ele não é fechado, mas pode ser customizado de acordo com a empresa que os contrata. “Pode ser que queiram apenas psicólogos, por exemplo. Então, o plano será um específico para isso. Mas, se quiserem o pacote completo – com médicos de família, personal trainers, nutricionistas e psicólogos – aí o valor será diferente. Podemos trabalhar tanto com custo por vida, por sessão ou por especialidade de acordo com a utilização real”.
Anjos conta que a FalaDoc está em negociação com cerca de cinco possíveis clientes.
Sobre o FalaFreud
A plataforma FalaFreud, inspiração da FalaDoc, começou há cerca de quatro anos. Um dos sócios da startup mudou-se para os Estados Unidos e queria voltar a fazer terapia com sua psicóloga brasileira. Para isso, começaram sessões por WhatsApp. A iniciativa entre os dois virou uma ideia para ajudar outras pessoas na mesma situação. Assim, montou um MVP pelo WhatsApp, mas logo que entrou Renan Pupin, cofundador do FalaFreud e seu CTO, foi desenvolvida uma plataforma online. Atualmente, o aplicativo tem mais de 1 milhão de usuários que já realizaram sessões de terapia de 30 minutos por R$ 19,99 (por semana).
A plataforma usa machine learning para escolher o melhor profissional para cada paciente. O FalaFreud seleciona o psicólogo, mas o paciente pode trocá-lo, se quiser. Para isso, recebe outras cinco opções. “Antes, a taxa de mudança de profissional era de 50%. Atualmente, caiu para 15%”, conta o head de marketing.
