Não é raro um cliente entrar em contato com uma loja ou um prestador de serviço, comprar algo e o atendente, no telefone, pedir o número do cartão de crédito. Nesse momento, cai por terra todo o prestígio ou confiança que o cliente tinha em relação à marca e muitos chegam a desistir da compra ali, na cara do gol, pelo medo de entregar seus dados. Pensando em facilitar a venda à distância, e até mesmo em fazer empresas economizarem na compra de máquinas POS, a PayShopX oferece meios de pagamento via QR Code e link – que podem ser enviados por e-mail, WhatsApp, SMS, Facebook ou Instagram para o cliente.
Ao clicar no link, o cliente encontra seu carrinho de checkout e preenche os dados do cartão. Essas informações são criptografadas e a empresa parceira Cybersource faz a checagem antifraude. Após a validação, as informações vão para a bandeira do cartão e para o banco e a compra é faturada. Sem máquina e de maneira remota. Do outro lado do balcão, o vendedor recebe no mesmo instante uma confirmação de pagamento e qual bandeira de cartão foi usada.
“O processo é criptografado de ponta a ponta. O vendedor tem um dashboard onde consegue ver os pedidos e tem controle de suas vendas. Temos clientes que perdiam de 40-45% de vendas por não terem um outro meio de pagamento. Nós reduzimos essa porcentagem para 5%, mas não conseguimos atribuir os motivos dessa perda, se é por conta do uso de link ou por uma outra razão”, explicou para Mobile Time Jefferson Pastuszak, sócio-fundador da PayShopX.
A plataforma B2B usa webapp para o procedimento de checkout e aposta em uma arquitetura totalmente na nuvem.
A opção de pagamento via link foi a primeira a ser ofertada pela PayShopX. Em uma segunda etapa, a fintech apresentou o QR Code para vendas à distância. Funcionando desde maio deste ano, essa modalidade chegou para suprir os custos das empresas com as máquinas POS. “Nossa plataforma nasceu para preencher essa lacuna de venda à distância, diminuindo a perda de credibilidade, dando mais segurança para quem consome virtualmente, com segurança, e partimos para o QR Code. Com o uso intenso do mobile por parte da população brasileira, e em breve com chegada do 5G, a tendência é que as pessoas sejam livres, autônomas e eu possa te vender onde quer que esteja. Tudo, claro, em um ambiente seguro e rápido”.
Não à toa que toda a plataforma para o código QR foi desenvolvida mobile first. “Pensamos primeiro em um botão no smartphone e depois adaptamos eles para as outras plataformas.”
Split e múltiplos pagamentos
A PayShopX também oferece uma plataforma para e-commerce e marketplace com split de pagamentos. Ou seja, sua ferramenta separa os valores que cabem a cada parte envolvida, da bandeira do cartão ao vendedor dentro do marketplace. Todos recebem seus pagamentos em valores líquidos, sem se preocupar com repasses.
Para e-commerce, a PayShopX oferece a opção de múltiplos pagamentos. No caso, o lojista escolhe com quantos cartões de crédito o cliente pode pagar sua compra, podendo até incluir o boleto bancário entre as opções. No momento em que o cliente parte para o checkout, ele seleciona se quer pagar com dois cartões de crédito ou um cartão e um boleto, por exemplo, e determina o valor para um deles e a plataforma preenche o restante. “Essa opção é bastante interessante para grandes pagamentos. É possível, inclusive formatar de maneira personalizada uma forma de pagamento para um determinado cliente. É flexível”.
Números e modelo de negócio
Atualmente, a fintech conta com 150 lojas ativas em sua plataforma que já processaram mais de R$ 390 milhões, com 65 mil pedidos transacionados. Em relação às vendas, 67% delas são realizadas via smartphones. Dessas, 80% são Android e 20% iPhones. Os outros 33% são por meio de tablets, notebooks etc.
Com relação ao seu modelo de negócios, a PayShopX leva uma porcentagem nas vendas do que for transacionado sobre as vendas com link e Código QR.
O e-commerce paga uma mensalidade a partir de R$ 699 para manter a loja no ar – com cloud da Amazon ou Google, suporte de atualizações, melhorias sistêmicas, identificação de invasões, antifraude e a transação das lojas.
No caso de um marketplace é cobrada a mensalidade de R$ 999 mais percentual de transação no cartão, além de taxa de 1,99% de tudo que for transacionado.