Como esperado, a controladora da Nextel, a norte-americana Nii Holdings, comunicou nesta quarta-feira, 18, a finalização da venda da operadora para a Claro Brasil (América Móvil). Após correções, a operação foi avaliada em US$ 948,5 milhões – originalmente, o montante era de US$ 905 milhões. Após deduzir US$ 491,6 milhões de dívida líquida, o preço líquido da operação fica em US$ 456,9 milhões. Esse valor de compra está sujeito à avaliação da Claro, que terá um prazo de 45 dias para entregar sua posição.
O reajuste aconteceu porque a empresa adicionou US$ 30,3 milhões de reembolso de Capex e US$ 16,9 milhões de capital de giro ajustado. Por outro lado, deduziu US$ 3,7 milhões de gastos com venda e marketing que foram além do previsto no orçamento.
Por conta da venda de sua participação de 27,55% na Nextel Brasil, a AI Brazil recebeu US$ 2,5 milhões em retorno e fatia pro rata de US$ 125,2 milhões na venda. Para a Nii Holdings, a venda rende US$ 329,2 milhões líquidos. A companhia norte-americana deverá destinar parte desse montante para o pagamento de garantias e obrigações. Baseado nessas informações, o total a ser distribuído para acionistas será de entre US$ 270 milhões e US$ 280 milhões.
Em comunicado, o CFO da Nii, Dan Freiman, disse estar feliz com o fechamento da operação e agradeceu aos funcionários pelos serviços prestados. “Com a venda de nosso último ativo em operação restante para trás, estamos nos preparando para começar o processo para dissolver a Nii e distribuir o caixa para os acionistas no ano que vem, após termos recebido a aprovação judicial necessária”, disse.
Em comunicado separado, a Nii anunciou o programa de saída da listagem da bolsa da Nasdaq e a dissolução da empresa. A intenção é de dar entrada com o certificado de saída no próximo dia 13 de janeiro, quando também incluirá o Form 15 para suspender definitivamente suas obrigações junto à comissão de valores da Securities Exchange (SEC), além de liberação de obrigações de reportes por meio do Form 10-K.
A Claro anunciou a compra da Nextel em março deste ano. A operação recebeu a aprovação final do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na semana passada, após o Tribunal da autarquia não ter acolhido argumentos contrários apresentados em recurso pela TIM. A Anatel concedeu anuência à transação no final de setembro.