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O mercado cinza (grey market, em inglês) registrou 1,2 milhão de unidades de celulares vendidas no terceiro trimestre de 2019, aumento de 537% na comparação com o mesmo período em 2018. De acordo com a IDC Brasil, o volume não está incluso entre 10,5 milhões de smartphones comercializados legalmente no Brasil no período.

Se somar os handsets vendidos legalmente no País com aqueles do grey market, vendidos ilegalmente e sem o registro junto à Anatel, o mercado cinza responderia por 7,5% do market share nacional.

Renato Meirelles, analista de mobile phones e devices na IDC Brasil, lembra que esses smartphones são comprados em comércios que praticam este tipo de venda ilegal e ofertam os dispositivos com preços menores – principalmente de marcas chinesas – em detrimento de modelos adaptados ao Brasil, e recorda que a maioria dos dispositivos são originais.

O tema do aumento do grey market no Brasil foi abordado por Mobile Time em novembro do último ano. Em conversa com Marcel Campos, diretor de marketing global da Asus, e com Fabio Faria, gerente de marketing da Asus para o Brasil, os executivos alertaram para o problema do mercado cinza.

Faria disse que o mercado cinza “afeta a marca que estimula este tipo de venda”. E Campos foi mais duro. Ele acredita que esse segmento aumenta apenas porque os fabricantes envolvidos o “deixam crescer”. Na época, a estimativa era que o grey market representava 5% do total de vendas, o mesmo percentual da Asus.

 

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