O brasileiro está adiando a troca de seu smartphone, preferindo consertar seu aparelho velho em vez de comprar um novo. Esta é a explicação de Fernando Menezes, sócio e técnico da Smartech, assistência técnica que opera em São José dos Campos/SP, para justificar o crescimento de 100% registrado em volume de reparos feitos por sua rede no ano passado. Ao todo foram 2 mil reparos, contra 1 mil em 2018. E a expectativa para 2020 é de triplicar o número, que desta vez será impactado também pela abertura de duas novas lojas.

“O cenário é que os lançamentos de smartphones em geral nos últimos dois anos não possuem diferenças gritantes dos lançamentos de 2018 e 2017, o que faz o consumidor pensar que, ao invés de custear a troca por um aparelho semelhante ao que já tem, apostar no conserto, com uma sobrevida de um a dois anos para o aparelho, enquanto espera que o mercado lance um modelo com alguma característica que realmente valha a pena”, comenta Menezes, em entrevista por email para Mobile Time.

As marcas mais consertadas na Smartech são Apple, Motorola e Samsung. As telas quebradas respondem por 75% dos reparos, enquanto o mau funcionamento de baterias, 20%.

A empresa aposta também na comercialização de celulares seminovos. “Por mês, nós comercializamos cerca de 500 celulares seminovos. E é um movimento que deve crescer cada vez mais. Celulares de última geração estão com preços cada vez mais exorbitantes, fora da realidade da maioria dos brasileiros. Comprar um celular usado é uma forma da pessoa ter um aparelho moderno, sem a necessidade de fazer um alto investimento. Um aparelho usado pode custar até 30% menos que um novo”, relata.

 

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