A Cielo realizou mais de 66 milhões de transações contactless via NFC em dois anos, até janeiro de 2020. De acordo com Rogério Signorini, diretor geral da Braspag e diretor de e-commerce e canais digitais da adquirente, um dos principais atrativos é o pagamento de bilhetes nos meios de transportes.
“Todos os nossos terminais funcionam com contactless hoje”, afirma o executivo. “As iniciativas do metrô no Rio de Janeiro e do ônibus em São Paulo têm ajudado bastante a democratizar o uso”.
Apenas no metrô carioca, as catracas registraram 395 mil transações sem contato entre março de 2019 e janeiro deste ano.
M-commerce na Cielo
Em 2019, a participação da Cielo no e-commerce brasileiro subiu de 12% para 15%. No mesmo período, a adquirente reigstrou um aumento de 32% em volume vendas no comércio eletrônico brasleiro. Além disso, no ano passado, foram enviados 8,6 milhões de de links para pagamentos na rede Cielo, uma modalidade que permite a um comerciante enviar o pedido de transação para o seu cliente, inclusive pelo WhatsApp.
Embora não tenha números apurados sobre o m-commerce, o executivo acredita que o crescimento de 32% nas transações do e-commerce via rede Cielo em 2019 deu tração às transações móveis. Explicou que espera ter números mais assertivos sobre o mobile com a expansão do uso do kit de desenvolvedor (SDK) Cielo para o e-commerce. Contudo, Signorini crê que os números de sua companhia podem ser similares aos dados do mercado, como a pesquisa m-commerce do Mobile Time/Opinion Box, de setembro de 2019 onde constatou-se que:
– 85% dos brasileiros com smartphone compram pelo celular;
– 58% dos consumidores móveis já pediram comida via smartphone;
– E, entre março de 2015 e março de 2019, saltou de 62% para 82% o número de internautas brasileiros que já fizeram alguma compra por um app ou site via smartphone.
Passado, presente e futuro do mobile
Veterano e um dos incentivadores do uso de soluções móveis na Cielo desde 2007 – com passagem entre 2013 e 2018 pela Visa –, Signorini lembra que o começo do mobile foi um pouco complicado na companhia: “Entrei na área comercial e depois fui para a área produtos. Era difícil (o desenvolvimento mobile), pois a tecnologia não era avançada. Na década 2000, tínhamos uma primeira solução de pagamento por celular. Mas era ruim. Ninguém usava. Era uma prova de conceito”, explicou. “O iPhone foi o que mudou tudo. Foi ele que deu o estalo de que o mobile era o futuro. A partir dele, nós lançamos o primeiro app de pagamento da América Latina, em 2010. E, depois, desenvolvemos nossas ferramentas de e-commerce”, completou.
Agora, a adquirente abre suas APIs via SDK de e-commerce para o consumidor e fecha esse primeiro ciclo móvel. Para o próximo ciclo, Signorini estuda diversas soluções, incluindo pagamento de NFC para NFC e handsets com telas dobráveis.
“Estamos olhando o pagamento com o celular em vários cenários. As coisas convivem, o mobile não vai acabar com o comércio físico (e vice-versa). Um não exclui o outro. A nossa obrigação é estar antenado”, disse. “Um ponto que o comerciante está preocupado é com a tela dobrável. Como usar esta solução no ponto de venda. A nossa preocupação é sempre trazer mais facilidade, ajudar o cliente a vender mais fácil e mais seguro”.