O Tesouro Nacional e o Banco Central (BC) firmaram um acordo para que os cidadãos e as empresas brasileiras possam pagar guias de recolhimento da União (GRUs) por meio de pagamentos instantâneos tão logo seja lançada a plataforma nacional dessa tecnologia, em desenvolvimento pelo BC, o que está previsto para novembro. Por ano, a União recolhe R$ 125 bilhões através de 35 milhões de GRUs. Atualmente, esses pagamentos acontecem por meio de boleto bancário, o que leva dias para ser compensado, ou débito online. Com pagamentos instantâneos, será gerado um QR code para o recolhimento da GRU.
“A população terá uma experiência de pagamento das taxas muito mais fácil e confortável do que tem hoje quando usa o sistema bancário da forma tradicional. E as pessoas vão começar a ter um pouco de intimidade com pagamentos instantâneos”, comentou Angelo Duarte, chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, durante apresentação do Fórum de Pagamentos Instantâneos, nesta terça-feira, 18, em São Paulo.
O Tesouro Nacional começará em abril a credenciar instituições financeiras que oferecerão o pagamento de GRUs via pagamentos instantâneos, disse Adriano Pereira de Paula, subsecretário de Gestão Fiscal do Tesouro Nacional.
O diretor de Serviços Públicos Digitais da Secretaria de Governo Digital, do Governo Federal, Luiz Carlos Miyadaira, destacou a importância da digitalização de serviços públicos e transações disponibilizados pelo setor público para os cidadãos. Em determinadas situações, a demora na compensação de um boleto de GRU pode gerar perdas milionárias para empresários, comentou Miyadaira, problema que será resolvido com os pagamentos instantâneos. Sua secretaria já cadastrou 3,5 mil diferentes serviços ou transações do governo federal, dos quais 50% anda têm etapas a serem digitalizadas, o que pode gerar significativa economia tanto para o setor público quanto para os cidadãos e empresários.