O advento das redes de quinta geração (5G) deve trazer maior competitividade no mercado de infraestrutura de telecomunicações, especialmente na camada de acesso. Isso porque as estações rádio-base poderão ser divididas, separando o rádio em uma ponta e centralizando os componentes de inteligência de várias antenas em outra, em uma arquitetura chamada de C-RAN, ou rede de acesso de rádio centralizada, que pode mais tarde ser virtualizada, sendo hospedada na nuvem.
O que acontece hoje nas redes 2G, 3G e 4G é que um único fabricante vende a camada de acesso de rádio inteira. “Se a operadora se prende a um dos grandes fornecedores, este não tem incentivo para lhe dar um preço melhor. E a operadora fica presa também ao ciclo de inovação desse fabricante. Em um ecossistema aberto, a operadora pode ter vários fornecedores de RAN e, assim, mais chance de conseguir implementar novidades tecnológicas rapidamente”, explica Lavallee, em entrevista para Mobile Time.
A busca por padrões abertos para as redes de acesso de rádio é uma demanda das próprias operadoras, que inclusive constituíram uma iniciativa com esse propósito, chamada O-RAN Alliance.
A Ciena é uma fornecedora com presença forte nas camadas de transporte e de core de redes. A empresa acompanha de perto o processo de abertura da camada de acesso. Recentemente, apresentou três roteadores (modelos 5168, 5166 e 5164) para atender o fronthaul, o midhaul e o bakchaul de redes 4G e 5G.