Associação global das empresas da indústria móvel, a GSMA também enviou contribuições à consulta pública sobre o edital 5G realizada pela Anatel. Entre as principais preocupações da entidade está a garantia de largura de banda suficiente não apenas na faixa de 3,5 GHz, mas também na de 2,3 GHz.

A GSMA observa que o 2,3 GHz será crítico para a ampliação imediata da cobertura 4G, com uso para serviços de 5G apenas no médio prazo. Mesmo reconhecendo que 20 MHz para cada operadora seriam suficientes para a ampliação das redes LTE, a associação nota que no caso do LTE Advanced Pro (conhecido comercialmente de 4,5G), 50 MHz para cada prestadora seriam necessários. Até o momento, a proposta da Anatel para a faixa prevê um bloco de 50 MHz e blocos regionais de 40 MHz.

No caso do 3,5 GHz, considerado pela entidade a “porta de entrada” do 5G no País, o pedido da GSMA se assemelha ao de outros players da indústria: blocos de 100 MHz por operadora e com abrangência nacional ao invés de regional. Um novo período de consulta após a conclusão dos testes sobre interferência nos sistemas de TVRO na banda estendida também foi solicitado, assim como estudos detalhados sobre a população impactada.

Ondas milimétricas

A entidade pontua que, para habilitação do serviço 5G pelas operadoras, será necessária capacidade espectral abaixo de 1 GHz, entre 1 GHz e 6 GHz e também acima de 6 GHz, em ondas milimétricas: neste caso, o pedido da entidade é a disponibilização de blocos de 1 GHz para cada empresa vencedora do leilão do 26 GHz.

De acordo com a associação, a faixa será habilitadora de novos negócios em que se precise de baixíssima latência e cobertura limitada, como o acesso fixo-móvel de ultra velocidade, a automação industrial e a manipulação remota de objetos.

De modo geral, a GSMA defende um modelo de leilão não arrecadatório e diz “não vislumbrar motivo para adição de obrigações de cobertura neste edital para 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz”. Em caso de inclusão dos compromissos, a entidade pede razoabilidade.

 

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