Philippe Rambaud, gerente de expansão da Lalamove na América Latina
Mesmo com o período de quarentena em decorrência do novo coronavírus, a Lalamove mantém seus planos de expansão para outras capitais brasileiras e adição de novos serviços à plataforma de entrega. De acordo com Philippe Rambaud, gerente de expansão da companhia na América Latina, Belo Horizonte será a próxima cidade com atuação do app.
Em janeiro, Rambaud explicou que o plano era ampliar a atuação de São Paulo e Rio de Janeiro para até seis capitais. Agora, ressalta que depende dos desdobramentos da crise por conta da pandemia. Ainda assim, o executivo garante que a capital mineira ganhará atuação do app até o final de 2020.
Antes da crise, a companhia tinha um “plano de expansão agressivo” puxado pelo investimento de US$ 300 milhões que recebeu uma rodada da série D. O aporte transformou a plataforma de intermediação de entregas em um unicórnio – empresa que vale mais de US$ 1 bilhão. E, inclusive, abriram recentemente uma operação da companhia no México, a segunda na América Latina.
Modelo de negócios e estrutura
Criada em 2013 em Hong Kong, a Lalamove atua com entregas B2B e B2C com veículos de quatro rodas. No Brasil, a companhia tem 50 pessoas trabalhando em sua operação e possui escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em abril, a empresa registrou em média 1 mil entregas por dia. Ela conta com 2,5 mil motoristas ativos por mês e 1 mil clientes ativos por mês. A principal aposta da companhia na operação brasileira é no trabalho com empresas, com cada cliente deste segmento fazendo de 50 a 100 entregas por mês.
“Em dezembro do ano passado, o B2B respondia por 85% do nosso negócio. Eles são mais recorrentes. Tem mais de 500 empresas que fizeram mais de uma corrida conosco. No B2B, não é todo mundo que usa todo dia, como uma mudança”, disse Rambaud. “A gente focou em PME no começo. Mas não temos limites. Por exemplo, nós trabalhamos com Line, o principal delivery de comida da Tailândia, que só faz entregas conosco. São 10 mil entregas por dia”.
Na Ásia, o país possui um modelo de negócios que cobra até 15% do valor das entregas. O restante fica com o motorista. No Brasil, a companhia ainda não cobra o percentual, pois está em processo de expansão a aquisição de clientes e motoristas. Contudo, a companhia iniciará a cobrança sobre as entregas até a metade deste ano.
Serviços
Em serviços, a companhia adicionará entrega com minivans nos próximos dias e com caminhões de 2,5 toneladas até o meio do ano. Em estudo, a companhia considera lançar para 2021 um modelo de venda de veículo (carro) para o entregador, algo que existe na operação da Lalamove na Ásia.
Desde janeiro, a companhia adicionou três serviços ao app: entrega com utilitários com isolamento térmico ou refrigeração; utilitários por 6h – o veículo fica à disposição dos clientes para entregas ilimitadas; e carreto por 8h – veículo também à disposição para entregas ilimitadas.
