O cenário para investimento está turvo, comentou Marcos Ferrari, presidente do SindiTelebrasil, entidade que representa as operadoras de telecomunicações, durante live realizada por Teletime nesta segunda-feira, 11.

“Criou-se um nevoeiro e não conseguimos ver o outro lado da ponte. Todos os setores farão reavaliação (de investimentos). Isso se deve ao impacto de uma das maiores crises do capitalismo. Neste ano todo mundo estará avaliando suas prospeções de investimento nesse período de crise e de pós-crise”, disse Ferrari.

O setor de telecomunicações é o que mais investe em infraestrutura no Brasil: no ano passado foram R$ 32,5 bilhões. Mesmo com a crise econômica dos últimos anos as teles mantiveram o mesmo volume de investimento anual no País.

Gargalos

Ferrari aproveitou para criticar a pesada carga tributária que incide sobre os serviços de telecom e a dificuldade de instalação de antenas celulares por causa de leis municipais anacrônicas.

“Esse volume de investimento teria melhor fluidez se esses gargalos tivessem sido resolvidos. O problema das antenas impede que o investimento atinja um público maior, a população que mora em bairros mais afastados. Vários municípios têm leis (de antenas) da década de 90 enquanto já pensamos em 5G. Esses gargalos impõem limites ao alcance do investimento em termos de benefícios para a população”, analisou.

 

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