|Publicado originalmente no Teletime| A Oi voltou a apresentar geração de caixa operacional líquida negativa em março, segundo relatório executivo com o demonstrativo financeiro mensal. Foram R$ 295 milhões, o que na verdade é uma melhora em relação a fevereiro, quando totalizou R$ 1,023 bilhão negativos (embora o comparativo anual mostre que a empresa gerou R$ 43 milhões positivos em março de 2019). As informações foram divulgadas pelo administrador da recuperação judicial da companhia, o Escritório de Advocacia Arnoldo Wald, na última sexta-feira, 15.

Os investimentos totalizaram R$ 693 milhões, uma redução de 7,4% em comparação com fevereiro. A Oi diz que o resultado está dentro do plano estratégico de investimentos com foco em fibra e na ampliação da rede móvel – que foi responsável por 60% do total do Capex no período.

A empresa registrou aumento de R$ 284 milhões em recebimentos, totalizando R$ 2,066 bilhões. O resultado é 15,9% maior do que no mês anterior, especialmente por conta da rubrica clientes (melhora de R$ 122 milhões, totalizando R$ 1,475 bilhão de arrecadação), mas que foi justificada pela operadora com o maior número de dias úteis em relação a fevereiro.

Os pagamentos foram reduzidos em R$ 388 milhões, chegando a R$ 1,669 bilhão – 69% desse total (R$ 1,212 bilhão) foram direcionados a fornecedores, enquanto 21% foram para tributos (R$ 365 milhões). Entre os fatores para o resultado, a Oi diz que houve pagamento pontual do imposto de renda na fonte em fevereiro, além de ter compensação com entrada de caixa por meio de depósitos judiciais. O relatório diz também que houve saída de caixa de R$ 48 milhões em março, classificado como “operações financeiras”.

Dessa forma, o saldo final do caixa financeiro caiu R$ 327 milhões no mês, totalizando R$ 5,602 bilhões. Comparado com fevereiro, trata-se de uma redução de 5,5%.

 

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