O impacto da pandemia do novo coronavírus sobre a implementação de redes 5G ao redor do mundo está sendo menor do que se imaginava. No curto e médio prazo, alguns mercados, como o europeu e o norte-americano, estão sendo afetados negativamente – no caso da Europa, alguns leilões de espectro para 5G foram adiados por causa da quarentena, por exemplo. Isso fez com que a Ericsson recalculasse suas projeções de crescimento da base de conexões 5G na América do Norte e na Europa para 2020 e 2021, reduzindo levemente as estimativas, informa o novo relatório da empresa, o Ericsson Mobility Report. Por outro lado, a adoção do 5G na China está acontecendo mais rapidamente do que se esperava, o que mais do que compensa o impacto negativo em outras regiões. Assim, a Ericsson projeta que ao fim de 2020 haverá 190 milhões de conexões 5G no mundo, número um pouco acima do que ela havia projetado na edição anterior do relatório. No longo prazo, Europa e EUA devem tirar o atraso na corrida do 5G e a Ericsson manteve a mesma projeção que tinha feito antes do coronavírus para o fim de 2025: 2,8 bilhões de conexões 5G no mundo, ou 30% da base mundial de conexões móveis. Os números não incluem conexões de Internet das Coisas (IoT).
Somando todas as tecnologias, a Ericsson prevê que a base global de conexões móveis passará de 7,9 bilhões em 2019 para 8,9 bilhões, em 2025, quando 88% serão de banda larga móvel (3G, 4G e/ou 5G). Esse percentual é um pouco abaixo do que havia sido projetado previamente pela empresa, em razão de uma desaceleração na queda do 2G. Em 2025 haverá 6,3 bilhões de usuários únicos de serviços móveis.
Smartphones
Em 2019 havia 5,5 bilhões de smartphones no mundo, ou 70% do total de conexões móveis. Em 2025 esse número subirá para 7,5 bilhões, ou 85% do total, projeta a Ericsson.