A implementação do 5G no Brasil tem potencial para gerar um aumento de 1 ponto percentual no PIB do País em média por ano entre 2021 e 2035. Desta forma, nesse período de 15 anos, haveria um ganho de US$ 1,1 trilhão no PIB nacional. A estimativa é de Ari Lopes, analista principal da Omdia, e foi divulgada durante sua palestra na edição digital da Futurecom nesta terça-feira, 30.

As seis verticais mais beneficiadas pela chegada do 5G no Brasil e seus respectivos aumentos de faturamento em 15 anos, na projeção da Omdia, serão: tecnologia da informação e comunicações (US$ 241 bilhões); governo (US$ 189 bilhões); manufatura (US$ 181 bilhões); serviços (US$ 152 bilhões); varejo (US$ 88 bilhões); e agricultura (US$ 76 bilhões).

“E existem efeitos cruzados. Se uma fazenda começa a demandar drones ou veículos autônomos, isso gera demanda do lado de serviços e manufatura”, comentou o analista.

Em termos percentuais, o maior aumento de receita em 15 anos por conta do 5G será em TIC (+10,7%), seguido por manufatura (+5,4%) e agricultura (+5,3%).

As projeções, contudo, levam em conta a implementação do 5G já a partir de 2021. Lopes lembrou, portanto, da urgência de se adotar a nova tecnologia no País, o que depende da realização do leilão de espectro pela Anatel. “Tempo é um luxo que não temos. É importante ter em mente a urgência do 5G (para o Brasil)”, disse Lopes.

Por fim, ele reforçou que o 5G vai demandar diálogo entre órgãos reguladores de diferentes setores, já que a tecnologia vai viabilizar aplicações nas mais variadas verticais.

 

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