Um dia depois de perder uma batalha legal contra a Apple, Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia e responsável pela política de concorrência, abriu um inquérito setorial para analisar práticas anticoncorrenciais no setor de Internet das Coisas (IoT).
Em sua análise, o órgão regulador europeu pretende coletar informações do mercado para entender melhor a natureza, prevalência e os possíveis efeitos de competição dos dispositivos conectados e de suas empresas na União Europeia.
Entre os equipamentos que serão analisados estão: geladeiras, máquinas de lavar e TVs conectadas; sistemas de luzes para casa; assistentes de voz e alto-falantes inteligentes; dispositivos vestíveis, como relógios e pulseiras conectadas; além dos serviços ofertados junto com esses equipamentos, como streaming de vídeo e música.
Em seu perfil no Twitter, Vestager disse: “O consumo de Internet das Coisas traz uma série de possibilidades – não é mais ficção científica. Hoje lançamos um inquérito para saber mais sobre assistentes de voz, sua coleta de dados, monetização de dados e interoperabilidade com outros dispositivos”.
Agora, a Comissão enviará para as empresas que produzem e vendem esses equipamentos na Europa uma requisição das informações de seus produtos e serviços. Nelas, as companhias devem informar parceiros de fabricação, desenvolvedores de softwares e fornecedores de serviços.
A expectativa do regulador é coletar todos os dados até o final do segundo trimestre de 2021. O relatório completo sairá em meados de 2022. Se encontrada qualquer prática anticompetitiva, a empresa envolvida pode ser multada em até 10% de seu faturamento global.