Depois de propor a demarcação das praias cariocas com agendamento por meio de aplicativo, a prefeitura do Rio de Janeiro parece ter dado alguns passos para trás nesta quinta-feira, 13. De acordo com sua assessoria de imprensa, a ideia teria gerado muitas “confusões” e será “reavaliada”. Até consulta pública foi cogitada. De acordo com a reportagem do jornal O Globo, o prefeito Marcelo Crivella teria desistido de vez.
“O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, está reavaliando a proposta de demarcar a areia de praias por reserva de espaço em aplicativos, devido a confusões e controvérsias geradas pela ideia, cujo objetivo é evitar as aglomerações de banhistas. O prefeito tem ouvido observações e críticas também da própria imprensa, e estuda internamente o melhor encaminhamento, podendo realizar uma consulta popular – ainda a decidir”, disse em nota à imprensa a assessoria de comunicação da prefeitura carioca.
De acordo com reportagens, a prefeitura estaria interessada em aproveitar a solução que a Mude desenvolveu. Mude é uma empresa que atua no Rio, em São Paulo, Curitiba, Brasília, Goiânia, Recife, Florianópolis e Balneário Camburiú instalando mobiliário urbano para a prática de esportes, alongamentos e exercícios físicos nas áreas públicas das cidades. A parceria com os municípios envolve publicidade nessas estruturas e uma parte é repassada para os municípios. Ela instalou e explora as estações no Rio. A empresa também oferece aulas de ioga e fitness em espaços públicos.
Recentemente, Mude e Rappi firmaram uma parceria com a prefeitura do Rio para o agendamento de aulas on demand, aulas ao vivo, e agendamento das quadras das praias da cidade que seriam feitos no app do Rappi ou no da Mude. O projeto está para começar em 1º de setembro.
Essa mesma solução seria usada para a demarcação e o agendamento de um “quadrado” em uma praia carioca. As duas empresas estariam prontas para assumir o gerenciamento dos espaços e do agendamento via app. Porém, em nota, o Rappi apenas disse que “o projeto está em elaboração pela prefeitura” e que não tem “nenhuma informação sobre o seu atual estágio de desenvolvimento.”
Mas com o recuo o projeto está em pausa.
“A preocupação do prefeito é buscar a melhor forma de evitar aglomerações e, por mais que a fiscalização entre em campo, a prefeitura não tem condições de fiscalizar todas as praias, como já dito pelo prefeito em entrevista quarta-feira, 12/08. A prefeitura do Rio aproveita para deixar claro que não se responsabiliza nem autoriza informações até então usadas em veículos de imprensa e passadas por porta-vozes de empresas, e ou informações sem identificação de fonte para tratar do assunto. A prefeitura segue à disposição para novas informações, quando disponíveis”, completou a nota da assessoria de comunicação.