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A Nokia espera que o leilão de 5G no Brasil não seja meramente arrecadatório e fomente o investimento das teles, de forma que alavanque o uso das redes. “O (cenário) perfeito é que o leilão fosse puramente não arrecadatório”, disse Wilson Cardoso, CSO da fornecedora no Brasil, em conversa com a imprensa nesta quinta-feira, 27.

“No Chile é um beauty contest (concurso de beleza, na tradução livre do inglês), com oferta (das operadoras) de maior cobertura no leilão. Sempre defendemos mais investimento que arrecadação. Lógico, a pandemia afeta a indústria, mas não é um fator para atrasar o leilão”, completou Cardoso.

O discurso foi endossado por Ari Lopes, consultor sênior da Omdia. Em sua visão, o 5G está acontecendo em outros países do mundo e quem fica para trás perde em investimentos e produtividade: “Uma tecnologia que tem esse poder de trazer ganhos para a economia não é ruim. Inclusive, o 5G pode ajudar a melhorar o caminho de saída da recessão provocada pelo novo coronavírus”.

O executivo da Nokia defendeu ainda um papel maior dos pequenos prestadores de serviços (PPPs) e das redes privadas no leilão. Nos PPPs, a empresa vê importância em termos de conectividade, inclusive com a possibilidade de o 5G chegar mais rápido no interior. E em redes privadas, ele cita o uso em indústria, mineração, eletricidade, logística e agro.

“5G é a cadeia de fim a fim. O grande potencial do 5G é conectividade de máquinas”, disse o executivo.

Testes

Outro tema abordado foram os testes de mitigação do 5G que a empresa realiza com Claro e Anatel no Rio de Janeiro e no nordeste com um provedor de Internet da região. O teste do Rio de Janeiro foi retomado nesta semana. E no teste do nordeste, segundo o CSO, as condições de mitigação existem e são aplicáveis: “A boa notícia é que a mitigação é possível de ser feita. Divulgaremos os resultados em breve”.

 

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