fotniteA Apple suspendeu nesta sexta-feira, 28, uma conta de desenvolvedora na App Store da Epic Games, responsável pelo Fortnite, jogo recém-banido da App Store. A conta cancelada não inclui a Unreal Engine – plataforma de design usada por desenvolvedores em jogos 3D e para criar cenas realistas e ultrarrealistas geradas por computador. Assim, o movimento da Apple está em linha com a decisão temporária tomada pela da juíza distrital dos Estados Unidos na última terça-feira, 25.

Em comunicado, a Apple disse: “Estamos desapontados por termos que encerrar a conta da Epic Games na App Store. Trabalhamos com a equipe da Epic Games por muitos anos em seus lançamentos”. “O tribunal recomendou que a Epic cumprisse as diretrizes da App Store enquanto seu caso avançava, diretrizes que eles seguiram durante a última década até criar essa situação. A Epic se recusou. Em vez disso, eles enviam repetidamente atualizações do Fortnite destinadas a violar as diretrizes da App Store. Isso não é justo para todos os outros desenvolvedores da App Store e está colocando os clientes no meio da briga. Esperamos poder trabalhar juntos novamente no futuro, mas infelizmente isso não é possível hoje.”

Facebook

30 por cento da Apple Facebook

Na imagem à esquerda, logo abaixo do valor, o Facebook inseriu um aviso: “Apple recebe 30% dessa aquisição”

Também nesta sexta-feira, a Apple impediu uma atualização do Facebook que informava a seus usuários que a App Store receberia 30% em compras realizadas no aplicativo da rede social. A Apple alegou que a atualização violou uma regra da loja de aplicativos que não permite aos desenvolvedores mostrar informações “irrelevantes” aos usuários.

A novela entre Facebook e Apple começou logo após o bloqueio do Fortnite na App Store. Na época, a rede social havia lançado um recurso que permitia que seus usuários fizessem eventos online e fossem remunerados por eles. A ideia era ajudar aqueles em dificuldade por conta da pandemia e a rede social não receberia nenhuma porcentagem. Em comunicado, Fidji Simo, chefe do aplicativo principal do Facebook afirmou que eles pediram à Apple para reduzir a taxa ou que a empresa permitisse oferecer o Facebook Pay para que eles pudessem absorver os custos das empresas em dificuldade, mas a Apple recusou-se.

Em um encontro virtual com jornalistas nesta sexta, Simo disse que as transações desses eventos em dispositivos Android em países onde o Facebook Pay está ativo serão revertidas na sua integralidade às empresas que realizarem eventos online pagos. “Para apoiar pequenas empresas e criadores, o Facebook não cobrará nenhuma taxa de eventos online pagos pelo menos no próximo ano”, acrescenta Simo. O executivo esclareceu ainda que esta política permanecerá em vigor “enquanto as comunidades permanecerem fechadas para a pandemia”.

Relembre caso da Epic

A confusão entre Epic e Apple começou na última no dia  13 de agosto. A Epic lançou um meio de pagamento dentro do Fortnite sem integração aos sistemas de billing de Apple e Google. Em seguida, a opção de download do jogo foi retirada da App Store e, no dia seguinte, da Google Play. Nas redes sociais, o CEO da desenvolvedora de jogos acusou a Apple de comportamento anticompetitivo. Além disso, a empresa entrou com processos na Corte Distrital do Norte da Califórnia para voltar às lojas de apps. Em resposta na Corte, a Apple afirmou que era vítima de um movimento orquestrado da Epic, e que a desenvolvedora de jogos burlou o sistema de pagamento, o que gera quebra de contrato, punição e expulsão da App Store.

 

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