| Publicada originalmente no Teletime | Ministro das Comunicações, Fábio Faria reafirmou nesta quinta-feira, 10, o interesse da Highline no mercado de infraestrutura de telecom brasileiro e nos ativos da Oi – que aprovou na última terça-feira, 8, um aditamento de seu plano de recuperação judicial.
“Ontem mesmo [quarta-feira, 9] eu conversei com pessoal da Highline para tentar entender, e eles têm interesses na Oi, independente se vencerem ou não o leilão [dos ativos móveis da operadora]”, sinalizou Faria, em entrevista concedida à rádio Bandeirantes.
“Eles têm interesse de entrar no Brasil, até porque são investidores de infraestrutura e torres. Mesmo se as três operadoras forem vencedoras [dos ativos móveis], eles têm interesse em entrar juntos com a parte de infraestrutura”, completou o ministro.
A Highline chegou a ter exclusividade para negociar a compra dos ativos móveis da Oi, em condição depois assumida pelo consórcio entre Claro, TIM e Vivo. Ainda assim, a empresa de infraestrutura é o “stalking horse” na compra da unidade de torres (com proposta de R$ 1,066 bilhão), além de ser uma das potenciais interessadas pela sociedade na InfraCo, que vai reunir os ativos de fibra ótica da Oi.
De forma genérica, Faria também reportou conversas com demais players estrangeiros interessados no setor de comunicações brasileiro, incluindo no processo de privatização dos Correios.
Confiança
Durante a entrevista, o ministro das Comunicações também mostrou confiança na condução da reestruturação da Oi. Faria afirmou que a operadora é saudável e destacou as conversas dela com a Anatel para chegada em um “denominador comum” frente às dívidas com a agência.
“Já em relação aos bancos, não temos como interferir nesse tema, mas temos como opinar, observar e mostrar ao mercado que o governo vê com bons olhos a iniciativa da empresa de tentar se recuperar e entrar no azul”, completou o chefe do Minicom.
Após oposição durante assembleia da Oi que aprovou a nova versão do plano de recuperação judicial da empresa, alguns bancos credores (incluindo públicos) estariam considerando ingressar na Justiça contra a decisão, de acordo com informações veiculadas pelo jornal Valor Econômico nesta quinta-feira.