| Publicada no Teletime | O cronograma estabelecido pela Oi trabalha com o prazo máximo de 11 meses para aprovação da Anatel e do Cade para a venda de ativos, especialmente o da Oi Móvel, com a possibilidade de já ter todas as etapas concluídas no último trimestre de 2021. Assim, uma vez que o leilão de 5G aconteça dentro desse prazo, a empresa continua trabalhando com a possibilidade de participação do certame.

Durante live do site Genial Investimentos na semana passada, o presidente da Oi, Rodrigo Abreu, contou que a empresa já previa oferta da Claro, TIM e Vivo, e por isso adotou esse prazo máximo para projeto e modelos de negócios com entrada de caixa e negociação de venda. “Do ponto de vista do timing e de todo o processo para aprovações regulatórias e concorrências, quando fizemos nosso plano, foi conscientemente pensando na possibilidade de venda para concorrentes”, coloca.

Abreu disse não acreditar que as devidas aprovações extrapolem esse período. O prazo máximo de 11 meses se refere ao tempo que o Cade levaria para analisar a transação. Com a Anatel, a expectativa é que isso ocorra antes. “Obviamente que, uma vez atingida a [condição de] stalking horse, um dos grupos já começou a sua atuação de interação com a agência de concorrência para poder eventualmente encurtar o processo”, afirma.

A complexa partilha da Oi Móvel entre Claro, TIM e Vivo incluirá não apenas a distribuição de frequência, como da base de clientes. Todavia, é bom lembrar que os usuários não são obrigados a migrar para uma operadora específica, mas é uma tendência natural que se ocorra um planejamento, como aconteceu com a incorporação da Nextel pela Claro.

Leilão de 5G

Enquanto a venda da Oi Móvel não acontece, Rodrigo Abreu entende que a empresa continua operando normalmente, incluindo com planejamento de investimentos para o leilão de 5G. “Até que a operação esteja concluída – ou seja, fechada, aprovada –, as operações todas se comportam de maneira absolutamente independente, como é hoje”, disse.

Isso significa que a operadora ainda considera participar do leilão, com análise do que vale a pena comprar, mas também usando o ponto de vista estratégico de focar no acesso fixo-móvel (FWA). “Caso a operação [da venda da Oi Móvel] se consuma lá na frente, temos alternativas: desde abrir mão da licença, vendê-la ou manter a licença para uso só na tecnologia fixo-móvel”, afirmou.

 

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