No mesmo dia em que lançou o documento Reconhecimento Facial e o setor privado: guia para a adoção de boas práticas, o Idec questionou nesta terça-feira, 27, a criação por parte dos laboratórios Fleury de uma plataforma eletrônica que integra prontuários médicos e diferentes serviços de saúde. Aparentemente, a solução seria alimentada por prontuários médicos com a autorização do paciente para que seus dados sejam compartilhados com médicos, operadoras de saúde, entre outros, num modelo semelhante ao do open banking – como o Grupo Fleury teria comparado.

A ONG de defesa do consumidor quer entender a ferramenta porque, segundo o anunciado pela empresa, a plataforma do Fleury integraria serviços de prevenção de doenças crônicas com algoritmos preditivos e de análise de saúde. Para o Idec a proposta abre margem para a oferta de vendas de produtos como medicamentos e alimentos saudáveis.

Os dados sobre a saúde do indivíduo são considerados pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) sensíveis, o que agrava qualquer possível vazamento e fez com que o instituto pedisse mais informações sobre seu tratamento e sua coleta para fins comerciais. O compartilhamento desses dados, segundo o Idec, deve ser visto com cautela, analisando bem seus propósitos de uso das informações.

 

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