Quando foi lançado, mais de cinco anos atrás, o Google Fotos chamou a atenção por ser um serviço gratuito e ilimitado para armazenamento de fotos com até 16 MP e vídeos de até 1080p. Fotos e vídeos acima desses limites podem ser automaticamente comprimidos pelo serviço para serem armazenados nele. Hoje há mais de 4 trilhões de arquivos no Google Fotos e 28 bilhões são enviados semanalmente. Mas as regras vão mudar a partir de 1º de junho de 2021. O Google enviou nesta quinta-feira, 11, um comunicado para todos os usuários do Google Fotos informando que a partir da referida data os novos arquivos passarão a consumir uma franquia de 15 GB. Fotos e vídeos armazenados até lá não serão contabilizados. Quem quiser mais espaço precisará pagar pelo uso.

Análise

Era esperado que em algum momento o Google fizesse um movimento do tipo. Ao longo desses cinco anos, a grande quantidade de fotos e vídeos enviados ao serviço ajudaram a empresa a melhorar seus algoritmos de reconhecimento de imagens, mas agora, pelo visto, isso não é mais suficiente para justificar a gratuidade.

Muita gente está com suas memórias imagéticas dos últimos cinco anos guardadas no Google Fotos. Trocá-las de lugar dá trabalho – e também pode custar dinheiro.

A tática de construir uma base grande de usuários, fidelizá-los e só depois pensar em como cobrá-los é comum entre serviços digitais bancadas por grandes investidores. Nem sempre dá certo e as iniciativas são descontinuadas. Outras vezes a aposta é em modelos de negócios que não onerem o usuário, como a exploração de publicidade – saída muito utilizada pelo Google em outros produtos, por sinal. E às vezes a solução é cobrar diretamente do usuário final, como será no Google Fotos.

Vale ler a análise sobre o Google Fotos publicada por Mobile Time quando do seu lançamento, cinco anos atrás.

 

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